A compostagem de resíduos orgânicos é afetada pela interdependência e pelo inter-relacionamento de fatores como o teor de umidade, a taxa de oxigênio, a relação C/N, a granulometria e a porosidade do material a ser compostado, sendo estes afetados pelo manejo adotado. Entretanto, estabelecer condições ótimas de granulometria, porosidade, relação C/N e teor de umidade, bem como inter-relacionar estas condições é bastante difícil, uma vez que cada material a ser compostado apresenta particularidades.
Entretanto,mais importante do que uma relação C/N ideal, é a granulometria das partículas , bem como a sua porosidade,visto que partículas muito finas e o aumento dos microporos facilitam o aumento da umidade, o que acarreta a anaerobiose do material compostado.
A aeração é o fator mais importante a ser considerado no processo de decomposição da matéria orgânica (Peixoto, 1988), sendo classificado como o principal mecanismo capaz de evitar altos índices de temperatura durante o processo de compostagem, de aumentar a velocidade de oxidação, de diminuir a liberação de odores e reduzir o excesso de umidade de um material em decomposição.
A umidade é indispensável para a atividade metabólica e fisiológica dos microrganismos, sendo que a considerada ideal para a compostagem varia entre 50 e 60%. Materiais com 30% de umidade inibem a atividade microbiana, sendo que um meio com umidade acima de 65% proporciona uma decomposição lenta, condições de anaerobiose e lixiviação de nutrientes. O excesso de umidade reduz a penetração de oxigênio na leira, uma vez que a matéria orgânica decomposta é hidrófila e as moléculas de água se aderem fortemente à superfície das partículas, saturando os seus micro e macroporos.
Fonte: http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/07_18_48_1395REVISIONFatoresValente1.pdf