SóProvas


ID
2274067
Banca
IDECAN
Órgão
UERN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                          O que há de errado com a globalização?

           “Não é possível ter hiperglobalização, democracia e soberania nacional ao mesmo tempo”,

                                afirma Dani Rodrik, em The globalization paradox.

      O Reino Unido decide sair da União Europeia (UE), depois de uma campanha inflamada contra a imigração. A xenofobia cresce no continente, às voltas com a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Nos Estados Unidos, Donald Trump leva a candidatura presidencial republicana com uma plataforma paranoica, que prevê proibir a entrada de muçulmanos no país, deportar 11 milhões de ilegais e erguer um gigantesco muro na fronteira com o México. Pela primeira vez desde a crise de 2008, a Organização Mundial do Comércio (OMC) registra, em 2015, queda no comércio global de mercadorias. O protecionismo se torna não apenas mais popular, mas também mais difícil de desarmar. Três em cada quatro das mais de 2.500 barreiras comerciais impostas desde 2008 continuam em vigor. O estoque cresce a um ritmo de quase 100 por ano, e as medidas de abertura de mercado mal as compensam. O que deu errado com a globalização? O livre-comércio não era o atalho mais rápido para o crescimento? Não era inevitável que o mundo se tornasse mais aberto, até alcançar o fluxo livre de mercadorias, serviços, dinheiro e até pessoas?

      O plebiscito britânico mostra que não. Ele faz tremer a integração europeia, uma ideia que nasceu nos anos 1950 para evitar novas guerras e tragédias no continente. De início apenas econômico, o projeto ganhou forma política com a UE, em 1992. Era uma época em que a queda do Muro de Berlim e a globalização punham em questão as fronteiras e os Estados nacionais. A visão de mundo dominante pregava uma variante do seguinte discurso: “O Estado-nação é passado. As fronteiras desapareceram. A distância morreu. A Terra é plana. Nossas identidades não estão limitadas pelo lugar onde nascemos”. É assim, com certa ironia, que o economista turco Dani Rodrik, da Universidade Princeton, descreve os projetos de governança global, como a UE, em seu livro The globalization paradox: democracy and the future of the world economy (O paradoxo da globalização: democracia e o futuro da economia mundial). No mundo, a UE foi a instituição que levou mais longe, no plano político, o sonho global. Mas o Reino Unido sempre pensou diferente. “O interesse britânico na Europa sempre foi primariamente econômico”, dizia Rodrik já em 2011. “Sua abordagem minimalista diante da construção de instituições europeias contrasta agudamente com as metas federalistas mais ambiciosas, de França e Alemanha.”

(Helio Gurovitz, 26/06/2016. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/helio-gurovitz/noticia/2016/06/o-que-ha-de-errado-comglobalizacao.html. Fragmento.)

O texto apresenta uma estrutura em que há da qual são partes significativamente importantes o título, subtítulo (olho, logo abaixo do título representado por uma frase em destaque), tese e sua defesa e uma argumentação fundamentada em opiniões e dados concretos. Considerando a estrutura e conteúdo textual, pode-se afirmar acerca do título do texto que

Alternativas
Comentários
  • Eu acertei a questão, pois realizar uma pergunta a respeito do tema abordado (a chamada pergunta retórica) é um recurso largamente usado nos textos argumentativos. 

     

    No entanto, ao meu ver, a C também está correta, pois perguntas retóricas normalmente são feitas a partir dos fatos polêmicos apresentados no texto. A não ser que a banca considere que títulos podem não necessariamente apresentar as situações polêmicas do texto. 

     

    A letra D também não me parece errada, a não ser que a banca entenda que títulos não cumpram o intuito de fortalecer o argumento exposto e sim de apenas apresentar a ideia principal. 

     

    Finalmente, a letra A é a mais fácil de ser descartada, por que um título pode sim resumir um tema, mas não uma tese inteira do articulista.

     

     

    Polêmicas, de fato, são as questões de Português da IDECAN. Normalmente se escolhe a que está mais correta dentre possíveis corretas. O difícil é saber qual é a escolha dessa banca.

     

     

     

  • Fechei prova de português da FCC, AOCP e Cespe, quero ver eu fechar prova de português dessa banca lixo. Já estou comemorando qd acerto uma questão de português dessa Banca.

  • (B)

    Claramente com o sinal de interrogação ele antecipa o tema que será analisado através de um recurso argumentativo.

  •  Título -> Capta a essência da notícia;

                  Resume e atrai;

     

    Subtítulo -> Reforça a intenção prestada no título;

                       Elemento que aparece para somar, para acrescentar algo a mais às informações anteriormente reveladas.

     

     

  • No título do texto se pode observar a presença de um modalizador argumentativo chamado de pergunta retórica. A pergunta retórica tem como principal função gerar uma reflexão sobre assunto a ser tratado. Quando há a presença desse modalizador no título do texto há a presença de uma reflexão antes de iniciar a exposição do tema podendo ser caracterizado como uma antecipação do tema. Dessa forma, coloca a letra B como correta.

  • (B).

    Antecipa através de um recurso argumentativo.

    Título -> Capta a essência da notícia;

           Resume e atrai;

     

    Subtítulo -> Reforça a intenção prestada no título;

              Elemento que aparece para somar, para acrescentar algo a mais às informaçõesanteriormente reveladas.