Questão 22744

• Banca: CESPE / CEBRASPE
• Órgão: Banco do Brasil
• Ano: 2002
• Provas: CESPE - 2002 - Banco do Brasil - Escriturário
• Disciplina: Conhecimentos Gerais
• Assuntos: Política; Política Internacional

1 Na Dinamarca, na Holanda, na Itália e no sul da Alemanha, há um "enorme potencial" para se formar um movimento europeu de direita, segundo o extremista austríaco Jörg Haider. Líder do Partido 4 da Liberdade (PL), Haider, que integra a coalizão de poder no seu país, propõe aos "partidos irmãos" juntar seus esforços para se apresentarem unidos nas eleições para o Parlamento Europeu em 7 2004. Em sua proposta, Haider não citou a Frente Nacional, de Jean- Marie Le Pen. Haider assegura que são precisamente as "posições racistas" de Le Pen o que o tornam inaceitável "em um mundo 10 moderno". Não obstante, o PL austríaco nunca se apartou de seu discurso xenófobo.

Julieta Rudich. "Haider quer unir extrema direita européia, sem Le Pen". In: Folha de S. Paulo, 3/5/2002, p. A10 (com adaptações).

Tendo em vista o texto acima e o tema que ele focaliza, julgue os itens que se seguem.

O caso Le Pen, que marcou definitivamente a última eleição presidencial francesa, pela visibilidade alcançada pelo voto direitista, é fenômeno isolado, restrito às fronteiras de seu país.

• C. Certo
• E. Errado

Gabarito: E

Comentários

• Errada.Não existe mais essa história de "restrito às fronteiras de seu país" .
• O "caso Le Pen" é um exemplo de extremismo ideológico da direita, que se levantou no começo do século e se espalhou por toda a Europa, chegando até mesmo nos EUA (com a eleição de Bush Jr.)
• Em decorrência da crise econômica e migratória na Europa, os partidos xenófobos, nacionalistas e neofascistas ganham cada vez mais aprovação da população. Esses partidos de extrema direita utilizam um discurso político que coloca os migrantes como principais responsáveis dos problemas em matéria de emprego, serviços sociais e direitos. O resultado da Frente Nacional na França, em 2015, demonstra a força dessa onda conservadora. Guiado pela líder ultradireitista Marine Le Pen, o partido alcançou 25,2% nas eleições administrativas de 2015. Além disso, com a recente vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas, pode-se afirmar que esse movimento da direita conservadora não está mais restrito ao território europeu.
  
  
  A afirmativa está errada.