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GABARITO: LETRA D
"3. O terceiro critério refere-se ao nível de interferência que determinados públicos podem exercer sobre a organização. Por sua natureza, esses públicos não participam da constituição, nem da manutenção específica da organização, mas, por sua ação, podem interferir, direta ou indiretamente, de modo permanente ou ocasional, no desenvolvimento dos negócios ou na deteriorização do conceito da organização. Essa categoria inclui:
a) a rede de concorrentes, que pode ser de caráter local, regional, nacional ou internacional. Pela capacidade de intervenção nos interesses da organização, pode ser de grande ou de menor prioridade no confronto de interesses, de acordo com a necessidade que a empresa tem de combater e vencer, com maior flexibilidade, concorrentes que atentam contra ela com maior agressividade.
b) a rede de comunicação de massa, na qual se situa o poder da mídia, especificamente a imprensa, que pode agir de forma favorável ou desfavorável à organização, contribuindo para a sua legitimação ou descrédito na opinião pública."
Livro: Públicos: como identificá-los em nova visão estratégica: business relatioship. Fábio França. 3.ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2012.
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GABARITO D
A classificação clássica dos públicos de uma organização baseia-se no critério de proximidade física, no nível de relacionamento que os públicos mantêm com a organização e na existência de interesses em comum. Segundo essa classificação, os públicos de uma organização podem ser divididos em: público interno, público externo e público misto. Público interno: os empregados de todos os níveis da organização e seus familiares. Público externo: consumidores, concorrentes, imprensa, governo, comunidade e público em geral. Público misto: acionistas, distribuidores, fornecedores, revendedores. Segundo Pinho, classificar acionistas, distribuidores, fornecedores e revendedores como público misto não é uma classificação consensual. Para o autor, alguns estudiosos classificam esses públicos como interno, uma vez que esses grupos possuem ligações estreitas com as organizações e nas suas manifestações se assemelham às reações do público interno.
Atualmente há uma tendência a classificar os públicos tomando por base os princípios de marketing, onde adota-se a noção de stakeholders: “interessados”, ou seja, pessoas ou grupos que têm interesse pela organização. Podem ser funcionários, fornecedores, governo, comunidade, grupos de proteção ambiental, etc. Com a globalização e o surgimento das novas tecnologias de informação e de comunicação, o critério de proximidade física tornou-se questionável pois é possível trabalhar em uma organização sem, necessariamente, estar fisicamente dentro dela, ou comprar um produto sem ir à loja, ou ainda, fazer um curso de graduação a distância. Essas mudanças levaram as instituições a classificar seus públicos pelo critério de interesse ou de prioridade que têm para a organização. Daí o uso do termo públicos de interesse ou públicos prioritários para designar os públicos com os quais a organização precisa manter relacionamento e dos quais depende para sobreviver no mercado.
FONTE:http://www.sinprorp.org.br/clipping/2003/290.htm
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Roger Cahen dá alguns exemplos de públicos prioritários:
Governo: poder Executivo, Legislativo e Judiciário (nas três esferas).
Autoridades estrangeiras: embaixadores, cônsules, adidos comerciais às nações para as quais a empresa exporta seus produtos e serviços.
Associações de classe: sejam as patronais, sejam as de funcionários com as quais a empresa mantém relações formais ou informais.
Comunidades locais: aquelas nas quais a empresa mantém suas unidades fabris, filiais, etc. Líderes de comunidades em geral (pessoas influentes: delegados de polícia, juízes, grandes industriais, comerciantes e outros); clubes de serviço (Lions, Rotary, etc); sociedades beneficentes, paróquias religiosas, entidades desportivas, culturais e sociais, órgãos de utilidade pública (hospitais, corpo de bombeiros, sociedades de defesa civil), sociedades de amigos de bairros, escolas de vários níveis, entidades cuja finalidade seja o bem-estar da comunidade local.
Escolas: estudantes em geral de ensino fundamental, médio e universitário, professores, diretores, reitores.
Imprensa: meios de comunicação de massa (mídia)
Clientes (ou consumidores): antigos, atuais e potenciais
Fornecedores: de bens e serviços
Concorrentes: muitas vezes concorrentes são fornecedores – atuais ou potenciais – e os diretores da empresa vão cruzar com eles toda hora.
Comunidade de negócios: indústria, comércio, bancos e toda a gama de pessoas físicas e jurídicas com as quais a empresa teve ou pode vir a ter negócios.
Público interno: funcionários, familiares e círculo de relações.
FONTE:http://www.sinprorp.org.br/clipping/2003/290.htm
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Segundo a teoria de Fábio França, podemos classificar os públicos em três categorias.
Públicos essenciais – aqueles ligados ou não juridicamente à organização e dos quais ela depende para sua constituição, manutenção, sobrevivência e execução de suas atividades. Essa categoria se divide em dois segmentos de classificação: os constitutivos e os não – constitutivos ou de sustentação:
-> Os constitutivos são os públicos que possibilitam a existência da organização, como, investidores, sócios, conselhos administrativos e governos com seu poder de autorizar ou não seu funcionamento.
-> Os não constitutivos ou de sustentação são aqueles imprescindíveis para que a organização se consolide e se mantenha no cenário de atuação. Exemplo, os clientes e funcionários. Ainda, estes públicos de sustentação podem ser classificados em duas categorias: primários e secundários.
* Os primários são os quais a organização depende para viabilizar seu empreendimento. Os fornecedores se enquadram nessa categoria.
* Os secundários contribuem para sua viabilização em menor nível de envolvimento. Empresas de terceirização são um exemplo disso.
Públicos não essenciais – estes não participam das atividades fim da organização, mas da prestação de serviços ou intermediação política e social. Para estes, existem quatro subdivisões:
-> Redes de consultoria, divulgação e promoção da organização;
-> Redes de setores associativos organizados;
-> Redes de setores sindicais
-> Redes de setores da comunidade.
Redes de interferência – Nela, se inclui todos os públicos do cenário externo da organização e que possuem algum poder ou representação para formação da opinião pública. Aqui podemos listar os concorrentes, parceiros, redes de relacionamentos internacionais, ativistas, redes de comunicação de massa.
Fonte: www.ideiademarketing.com.br/2013/05/03/publicos-a-sua-empresa-tem-muito-mais-do-que-imagina/