correta A .
Para expandir os pulmões é necessário um mínimo de esforço, que ocorre naturalmente, na atividade da respiração. Esse esforço é realizado pelo músculo diafragma e pelos músculos intercostais externos. Quando a capacidade de expandir está diminuída, diz-se que o pulmão tem a complacência reduzida, ou, em outras palavras, um pulmão com a complacência reduzida se expande com mais dificuldade, fica “duro”. A diminuição da complacência é particularmente perigosa, pois impõe um maior trabalho ao sistema respiratório para “abrir” os pulmões e “fazer o ar entrar”. .
A complacência da parede torácica da criança é de aproximadamente três vezes a complacência do adulto. Essa facilidade em distender a caixa torácica predispõe o aparecimento de movimentos paradoxais e a consequente deformação da caixa torácica durante a inspiração. Para um processo ventilatório efetivo durante a infância, é necessário que os músculos respiratórios estejam está- veis o suficiente para que haja estabilização do gradil costal durante a inspiração7 . A pequena quantidade de colágeno e elastina ao nascimento faz com que a complacência pulmonar do RN seja diminuída. Com a menor presença desses componentes há menor capacidade de recolhimento elástico e maior tendência ao colapso alveolar, o que favorece a heterogeneidade das trocas gasosas e o desenvolvimento de atelectasias16 .As crianças também apresentam menores volumes e capacidades pulmonares quando comparadas aos adultos. O VC em adultos é de aproximadamente 500 ml, e menor e de acordo com o peso na criança (6 a 8 ml/kg). A Capacidade Residual Funcional (CRF) nas crianças é menor em relação aos adultos, o que predispõe à hipoxemia e ao colapso dinâmico das vias aéreas. A Capacidade Pulmonar Total (CPT), que é a quantidade de ar existente nos pulmões no final de uma inspiração forçada, é de aproximadamente 86 ml/kg em adultos e 63 ml/kg em RNs. O aumento da CPT é proporcional ao crescimento da criança17
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