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ID
2290408
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um médico foi chamado para a sala de parto de uma gestante, com o seguinte quadro: idade gestacional de 38 semanas e 5 dias, sem pré-natal e sem sorologia prévia para HIV e teste rápido para HIV POSITIVO. Mediante o exposto, considerando as recomendações e profilaxia para transmissão vertical do HIV, assinale a conduta a ser indicada para o tratamento da gestante e do recém-nascido (RN), nesse caso.

Alternativas
Comentários
  • Segundo o Protocolo Viva Vida, 2006 MG

    Monitoramento do Parto

    - Para aquelas gestantes não testadas durante o pré-natal, deve ser oferecido o teste rápido, comc consentimentoda mesma, no momento do parto;

    - Em populações de baixa prevalência para a infecção pelo HIV, recomenda-se informar à gestante da possibilidadede estar infectada, mas da necessidade de confirmar o teste imediatamente. Nestes casos, devem ser realizados os procedimentos considerando-a como portadora do HIV, até o resultado do teste confirmatório;

    - Sempre que possível, proceder ao parto impelicado (retirada do neonato mantendo as membranas íntegras, ligar o cordão sem fazer a ordenha e imediatamente após a expulsão do concepto;

    - Durante todo o trabalho de parto a gestante deve receber AZT injetável (frasco ampola de 200 mg/20 ml);

    - Iniciar a infusão, em acesso venoso individualizado, com 2 mg/kg na 1ªh, seguindo-se infusão contínua até o clampeamento do cordão umbilical. Diluir em SG a 5% (a concentração não deve exceder 4 mg/kg);

    - Em caso de cesárea eletiva, iniciar o AZT IV 3h antes da intervenção cirúrgica;

    -Recomenda-se a utilização de antibiótico profilático (cefalotina ou cefazolina 2 g, dose única, imediatamentea após o clampeamento do cordão umbilical) nas cesarianas e nos partos via vaginal com manipulação excessiva ou período prolongado de amniorrexe / trabalho de parto;

    - Pacientes em uso de TARV combinada devem, sempre que possível, manter o uso dos medicamentos no pós-parto imediato; as demais, em uso apenas do AZT, não necessitam continuar o uso após o parto;

    - Não há necessidade de isolar a paciente portadora do HIV.A criança deverá ficar com sua mãe em alojamento conjunto;

    - A mãe deverá ser orientada, de imediato, a não amamentar esta criança.

    Cuidados com o Recém-Nascido (RN)

    - Imediatamente após o parto, lavar o RN com água e sabão e aspirar delicadamente as vias aéreas, conteúdo gástrico de líquido amniótico e/ou sangue deglutidos, com sonda oral;

    - Realizar hemograma completo do RN no ínicio do tratamento com AZT e após 6 e 12 sem.;

    - O RN deve receber AZT solução oral (10 mg/ml) na dose de 2 mg/kg, a cada 6h, nas primeiras 24h após o parto, preferencialmente até a 8ªh, durante 6 sem. (42d);

    - Quando a oportunidade da profilaxia precoce for perdida, esta pode ser iniciada em qualquer momento na gestação trabalho de parto ou no RN após o nascimento. Entretanto, não existe evidência de benefício do AZT para o RN quando iniciado após 48 h de vida;

    - Para crianças prematuras (< 34 sem. de gestação), a dose sugerida é de 1,5 mg/kg, VO ou IV, a cada 12h nas duas primeiras semanas e 2 mg/kg a cada 8h por mais 4 sem. Nestas situações, se indicado usar corticóide;

    - Deve ser evitado o início da lactação logo após o parto;

    - Para aquelas gestantes testadas com o teste rápido no parto, recomenda-se não amamentar, mas, manter a lactação até a confirmação do teste;

    - Deve ser oferecida a fórmula láctea para o RN e essa deve ser garantida até 6 m de vida.

  • Já no Manual de Recomendações para Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Antirretroviral em Gestantes, 2010, p.125, discorre que:

    Cuidados com o recém-nascido

    A sequência de atividades recomendadas abaixo dependerá das condições de nascimento do RN.

    1.

    2.

    3Iniciar a primeira dose do AZT solução oral, preferencialmente, ainda na sala de parto, logo após os cuidados imediatos, ou nas primeiras 2 horas após o nascimento.