Questão 2294362

• Banca: FCC
• Órgão: TRT - 20ª REGIÃO (SE)
• Ano: 2016
• Provas: FCC - 2016 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Fisioterapia
• Disciplina: Fisioterapia
• Assuntos: Fisioterapia Respiratória; Pneumologia

Sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica − DPOC, é correto afirmar:

• A. Na bronquite crônica, desenvolve-se um processo inflamatório das grandes vias aéreas com hipertrofia das glândulas mucosas que causam hipersecreção pulmonar e consequente limitação ao fluxo aéreo.
• B. No enfisema o desarranjo do sistema elástico ocorre pela perda da tração radial e aumento da retração elástica.
• C. Quanto maior for a limitação ao fluxo aéreo menor a VEF₁ e, consequentemente, há uma redução da relação VEF₁ pela CVF.
• D. Na bronquite crônica e no enfisema o volume residual, a capacidade residual funcional e a capacidade pulmonar total estão diminuídos.
• E. A capacidade de difusão na bronquite crônica encontra-se reduzida enquanto no enfisema encontra-se preservada.

Gabarito: C

Comentários

• Exame de espirometria

  Capacidade vital forçada (CVF): O seu resultado será em valores absolutos e em percentual de predito. Quando estiver abaixo de 80% do previsto, na presença de VEF1/CVF normal, sugere distúrbio RESTRITIVO. A confirmação pode ser feita com a "capacidade pulmonar total" Na impossibilidade destes métodos, os achados radiológicos compatíveis com doença restritiva associados a redução de CVF confirmam a hipótese.
  Volume expiratório forçado cronometrado de primeiro segundo(VEF1): O VEF1 avalia basicamente os distúrbios OBSTRUTIVOS. Quando a CVF estiver diminuída por distúrbios restritivos a VEF1 diminuirá proporcionalmente.
  Relação VEF1/CVF: A razão entre estas duas medidas é a que melhor avalia a presença de distúrbios obstrutivos. O valor esperado para determinado indivíduo deriva da equação escolhida. Para indivíduos com até 45 anos espera-se o valor de 75% ou superior. Abaixo deste valor o diagnóstico de obstrução é sugestivo e deverá ser definido através da análise paralela de outros valores como FEF25-75, VEF1 e outros fluxos terminais.

  Exame normal: VEF1/CVF e > Limite Inferior (LI)
                             VEF1/CVF < LI e CVF supranormal (> 120%)
  Restritivo: VEF1/CVF > LI e CVF < LI. Fef 25-75/CVF > 1,5, com fluxos supranormais, em indivíduo com diagnóstico esperado de restrição.
  Obstrutivo: VEF1/CVF < LI e CVF > LI.
   

  Distúrbio misto: VEF1/CVF < LI e CVF < LI. Três situações distintas baseadas na diferença entre o percentual de previsto de CVF menos o percentual de previsto de VEF1.
  Se esta diferença for:

  < 12% : Considera-se distúrbio obstrutivo com provável associação a distúrbio restritivo.

  13 a 25%: Considera-se distúrbio obstrutivo com CVF reduzida

  > 25%: Considera-se distúrbio obstrutivo com diminuição da CVF, por provável hiperinsuflação.

  Nestes casos a medida da CV através de pletismografia ou métodos de diluição do Hélio podem definir melhor o distúrbio, pois medem o volume residual, não aferido pela espirometria simples.

  
  Classificação dos distúrbios:

  DISTÚRBIO                        OBSTRUTIVO                               RESTRITIVO

  GRAU                 VEF 1 (%do previsto) VEF1/CVF (%)        CVF (%do previsto)

  Leve                                       60-LI                                                 60-LI

  Moderado                              41-59                                                51-59

  Grave                                     < 40                                                   < 40

   

• GABARITO: C

• bronqu / ITE :

  Bronqu / ITE : INFLAMAÇÃO DOS BRÔNQUIOS ( fechamento dos brônquios ) .

  BRONCODILATADOR :

  Relaxa o músculo bronquial e aumenta a passagem de ar pelos brônquios .

  QUESTÃO :

  Sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica − DPOC, é correto afirmar :

  GABARITO C ) :

  M aior ar : M enor VEF1 Volume Expiratório Forçado ( cronometrado de primeiro segundo) pela CVF ( Capacidade Vital Forçada ) .

• Qual o erro da A?

• Letra A errada pois a hipertrofia das glândulas mucosas que causam hipersecreção ocorrem em vias aréas inferiores, mais precisamente nas centrais.