- ID
- 2298115
- Banca
- SUGEP - UFRPE
- Órgão
- UFRPE
- Ano
- 2016
- Provas
-
- SUGEP - UFRPE - 2016 - UFRPE - Administrador
- SUGEP - UFRPE - 2016 - UFRPE - Bibliotecário
- SUGEP - UFRPE - 2016 - UFRPE - Contador
- SUGEP - UFRPE - 2016 - UFRPE - Enfermeiro
- SUGEP - UFRPE - 2016 - UFRPE - Engenheiro Civil
- SUGEP - UFRPE - 2016 - UFRPE - Farmacêutico
- SUGEP - UFRPE - 2016 - UFRPE - Médico Psiquiatra
- SUGEP - UFRPE - 2016 - UFRPE - Médico Veterinário
- Disciplina
- Português
- Assuntos
TEXTO 1
A leitura
Várias vezes, no decorrer do último século, previu-se a morte dos livros e do hábito de ler. O avanço do cinema, da televisão, dos videogames, da internet, tudo isso iria tornar a leitura obsoleta. No Brasil da virada do século XX para o século XXI, o vaticínio até parecia razoável: o sistema de ensino em franco declínio e sua tradição de fracasso na missão de formar leitores, o pouco apreço dado à instrução como valor social fundamental e até dados muito práticos, como a falta e a pobreza de bibliotecas públicas e o alto preço dos exemplares impressos aqui, conspiravam (conspiram, ainda) para que o contingente de brasileiros dados aos livros minguasse de maneira irremediável. Contra todas as perspectivas, porém, vem surgindo uma nova e robusta geração de leitores no país, movida – entre outras iniciativas – por sucessos televisivos, como as séries Harry Potter e Crepúsculo.
Também para os cidadãos mais maduros abriram-se largas portas de entrada à leitura. A autoajuda (e os romances com fortes tintas de autoajuda) é uma delas; os volumes que às vezes caem nas graças do público, como A menina que roubava livros, ou os autores que têm o dom de fisgar o público com suas histórias, são outra. E os títulos dedicados a recuperar a história do Brasil, como 1808, 1822, ou Guia politicamente incorreto da História do Brasil, são uma terceira, e muito acolhedora, dessas portas.
É mais fácil tornar a leitura um hábito, claro, quando ela se inicia na infância. Mas qualquer idade é boa, é favorável para adquirir esse gosto. Basta sentir aquela comichão do prazer, da curiosidade – e então fazer um esforço para não se acomodar a uma zona de conforto, mas seguir adiante e evoluir na leitura.
Bruno Meier. In: Graça Sette et al. Literatura – trilhas e tramas.
Excerto adaptado.