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ID
2304199
Banca
IBFC
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Assinale a alternativa correta. Num grupo terapêutico de abordagem psicanalítica observa-se um permanente jogo de assunção de papéis, sendo que um indicador de que está havendo uma boa evolução grupal é quando os papéis deixam de ser fixos e estereotipados e adquirem uma plasticidade intercambiável. O papel assumido por um dos participantes do grupo no qual este desempenha o papel através de inúmeros recursos resistenciais, procura colocar obstáculos para o andamento exitoso da tarefa grupal, e em geral é assumido pelo indivíduo que seja portador de uma excessiva inveja e defesas narcisísticas é o de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: 

    e) Sabotador

  • De onde tiraram essa questão? Bleger?

  • Keith, do livro Fundamentos Básicos das Grupoterapias do Zimerman.

  • Os papéis mais comuns, encontrados na literatura, são os seguintes: 
    -Bode expiatório. É aquela pessoa que representa tudo o que é “ruim”, os aspectos negativos de todo o grupo. É comum essa pessoa sair do grupo. Mas Zimerman (2000) alerta para o fato de que tão logo o próprio grupo se encarregará de encontrar outro. Por outro lado, pode ser que esse indivíduo permaneça no grupo, servindo como o “bobo da corte”. Portanto, é uma situação que deverá ser trabalhada pelo terapeuta. 

    -Porta-voz. Refere-se àquela pessoa do grupo que denuncia, que comunica os sentimentos, necessidades, pensamentos e ansiedades inconscientes do grupo. Essa comunicação, segundo Zimerman (2000) pode ocorrer de várias formas. Pode ser feita verbalmente, por meio de manifestos, reivindicações, contestações. Mas pode ser também de forma não verbal, por meio de atuações, dramatizações, silêncios, etc. Para Pichon-Rivière (1991) o doente costuma ser o porta-voz das angústias e conflitos do grupo. Inconscientemente, o grupo “elege” essa pessoa porque é insegura, característica essa que tende a deixar o indivíduo paralisado e doente (quando a natureza do papel for patológica). 

    -Radar. Esse papel costuma ser assumido por aquela pessoa do grupo que capta, antes dos demais, os primeiros sinais de angústias e ansiedades do grupo. Geralmente, esses conflitos são expressos por intermédio de abandono do tratamento, somatizações e outras atuações; ou seja, de forma não verbal (ZIMERMAN, 2000). 

    -Instigador. Executa o papel de instigador, conforme Zimerman (2000), aquele membro do grupo que costuma fazer intrigas e que acaba perturbando o campo grupal. 

    -Sabotador. Geralmente é um papel, segundo Zimerman (2000), que é executado por pessoas invejosas e narcísicas, que procuram criar obstáculos e prejudicam o bom andamento do grupo. Para Pichon-Rivière (1991) o sabotador representa a resistência à mudança, característica esta que faz parte de qualquer processo psicoterápico, seja ele individual ou grupal. 

    -Apaziguador. É aquele papel conhecido como “colocar pano quente”. Como afirma Zimerman (2000) é desempenhado por pessoas que apresentam dificuldades de lidar com situações tensas, ou de agressividade. 

    -Líder. Finalmente, o papel de líder, que é, geralmente, o mais fácil de identificar e é observável em todos os grupos. 

    fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/psicoterapia-grupal-classificacao-dos-grupos/16799