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ENTRE OS ANOS 20 E OS ANOS 70, desenvolveram-se um sem-número de teorias ligadas aos processos de comunicação que podem ser agrupadas, genericamente, em vários blocos, como sugere Mauro Wolf: teoria hipodérmica ou de manipulação, teorias empíricas de campo e experimentais, também denominadas de persuasão, teoria funcionalista, teoria estruturalista, teoria crítica – mais conhecida como da Escola de Frankfurt,com todos os seus desdobramentos – teorias culturológicas, cultural studies, teorias comunicativas (a teoria matemática, a semiótica em sentido estrito, devido a Umberto Eco, e as lingüísticas), etc.
Havia, de modo geral, um enorme fosso a separar esse conjunto de teorias em relação as suas fontes, os paradigmas norte-americanos, essencialmente descritivistas e burocráticos, segundo alguns, e os paradigmas europeus, essencialmente sociológicos e excessivamente ideológicos, segundo seus críticos norteamericanos.
Foi então que, a partir do final dos anos 60, concentrando-se nos anos 70, surgiram o que hoje se costuma denominar de communication research, nos Estados Unidos, publicística, na Alemanha e na Itália, ou midiologia na França, através de diferentes pesquisadores que, não apenas se propunham a atuar em equipe, quanto buscavam o cruzamento das diferentes teorias e, muito especialmente, de múltiplas disciplinas , a fim de compreender o mais amplamente possível a abrangência do processo comunicacional. Foi o que aconteceu com o norte-americano Maxwell McCombs, a alemã Elisabeth NoelleNeumann ou o francês Régis Debray, responsáveis, respectivamente, por áreas de pesquisa hoje mundialmente conhecidas como agenda-setting , espiral do silêncio e midiologia , isso, para não esquecermos outros caminhos alternativos como o chamado newsmaking que, na verdade, se não tem um autor específico responsável por seu desenvolvimento, nem por isso possui menor importância no conjunto de estudos em torno da comunicação, tais como hoje em dia se desenvolvem em todo o mundo.
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/viewFile/2983/2265
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ANULADA
Há controvérsias quanto ao assunto abordado na redação do item.
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Gab:Certo
Entre os anos 20 e 70, desenvolveram-se várias teorias ligadas ao processo de comunicação, tais quais:
- teoria hipodérmica ou de manipulação
- teorias empíricas de campo e experimentais
- persuasão
- teoria funcionalista
- teoria estruturalista
- teoria crítica ou Escola de Frankfurt
- teorias culturológicas
- cultural studies
- teorias comunicativas (a teoria matemática, a semiótica em sentido estrito) etc.
Nos anos 60 e 70, surgiram o que hoje se costuma denominar de communication research, nos Estados Unidos, publicística, na Alemanha e na Itália, ou midiologia na França. Que teve como criadores:
- Maxwell McCombs- agenda-setting
- Elisabeth NoelleNeumann- espiral do silêncio
- Régis Debray- midiologia
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28.03.2016
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Midiologia é tudo aquilo que transporta uma informação através do tempo, estabelecendo uma correlação entre os símbolos e os sistemas de organização nas sociedades.
Enquanto o conceito de Midiologia é o de transmissão, o da Comunicação é tudo aquilo que transporta uma informação no espaço. Para diferenciarmos comunicação de transmissão podemos dizer que, a comunicação seria um jornalista e a transmissão o professor, ou seja, o jornalista comunica sobre um determinado fato e o professor transmite esse fato.
Midiologia x Semiótica e Pragmática
A Semiótica trata dos signos e da significação, e está fechada ao triângulo tradicional do signo: significante, significado e referente. E a Pragmática vai além das três entidades determinadas pela Semiótica, colocando em cena a Comunicação. Com isso, o signo passa a ser intermediário, operando entre os seres e o contexto.
Enquanto o esquema semiótico é concentrado sobre o signo, o esquema pragmático é concentrado sobre o contexto, e na Midiologia é concentrado na interação, na relação, na comunicação, assim como no esquema pragmático, mas, sobretudo, na transmissão.
Midiologia x Sociologia
A Sociologia também atenta para o entendimento interpretativo da ação social. Ela procura identificar a ligação existente entre as condições sociais e os sujeitos individuais e coletivos, porém, não dá atenção aos meios técnicos na ação social. A Midiologia estuda justamente a relação dos sistemas técnicos e os símbolos e os sistemas de organização da sociedade.
A história dos quatro M da Midiologia
A Midiologia explica seus estudos através de um percurso: mensagem, médium, meio e mediação. Dessa forma, a ordem da exposição inverte a ordem dos fatores, passando assim de uma mensagem a uma técnica (médium), depois um meio e, finalmente, uma mediação.
s impõe, ele propõe, não é somente uma condição suficiente para a produção de ideia, é uma condição necessária.
O meio e o médium
A Midiologia vê o meio criando o médium. O meio não é só um espaço externo para a circulação da mensagem, o meio é condicionado e condicionador. Ele não apena
A mediação é um intermediário, um processo, é tudo aquilo que se encontra interposto entre a produção de signos e uma produção de acontecimento.
As midiaesferas
O meio mais o médium formam a Midiaesfera. A Midiaesfera é o meio técnico que determina uma relação com o espaço (transporte) e com o tempo (transmissão).
Podemos concluir que a preocupação da Midiologia é colocar em relação o universo técnico com o universo mítico. Portanto, o interesse da Midiologia seria descobrir o que fez com que determinado discurso sobreviva ao tempo.
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As "ideias" tiveram um papel decisivo ao longo da história humana; é uma banalidade. Como podem signos, veiculados pela imagem, pela fala ou pela escrita, pôr multidões em movimento? Eis o que ainda constitui um mistério para as ciências humanas. O esclarecimento desse fenômeno requer um tipo específico de investigação. A midiologia é a disciplina que se propõe a resolver o enigma da "eficácia simbólica" por meio do estudo sistemático dos mecanismos de transmissão. Não se trata de uma doutrina, mas de um método de análise.
Como exemplos históricos do enigma citado, posso me referir às religiões e às ideologias. Quando do nascimento do cristianismo, um tal de Jesus, dito Cristo, pronuncia certas palavras. Estas, na sequência, são transcritas, comentadas, organizadas. Três séculos depois, o Império Romano torna-se cristão. No ponto de partida da Reforma, um certo Lutero publica, no interior da Alemanha, suas teses. Um século depois, existe uma Europa protestante. Foi-se do impresso aos Estados reformados. Na transformação do marxismo, um certo Marx edita obras de filosofia e de economia política. E faz escola. Resultado final: a União Soviética, a China e o "comunismo mundial".