Pacientes com trombocitopenia podem ser assintomáticos, e é possível que a trombocitopenia seja primeiramente observada em um hemograma de rotina.
A apresentação sintomática da trombocitopenia é o sangramento, que ocorre em geral imediatamente após a lesão, inicialmente, na pele e nas membranas mucosas, e não envolve articulações e músculos.
Geralmente não há sangramentos cirúrgicos apenas pela redução no número de plaquetas, pelo menos até que a contagem de plaquetas seja menor do que 50.000/ L, e sangramentos espontâneos e clínicos não ocorrem até que a contagem de plaquetas seja menor do que 10.000 a 20.000/ L.
Os sangramentos de mucosa podem manifestar-se como epistaxe e sangramento gengival, e grandes hemorragias bolhosas podem surgir na mucosa bucal devido à falta de proteção vascular proporcionada pelo tecido submucoso.
O sangramento na pele é caracterizado pelo aparecimento de petéquias, púrpuras (petéquias confluentes) ou equimoses superficiais.
A menorragia (fluxo menstrual que não reduz após mais de três dias) e a metrorragia (sangramento uterino entre os períodos menstruais) são também de incidência comum, e pode haver sangramentos de cortes superficiais persistentes e profusos.
Os pacientes com trombocitopenia apresentam predisposição para sangramento imediatamente após trauma vascular. Os sangramentos pós-traumáticos ou pós-cirúrgicos em geral respondem a medidas locais, porém podem persistir por horas ou dias depois da ocorrência de pequenas lesões.
Raramente há sangramento no SNC, mas quando ocorre é com frequência precedido por trauma; no entanto, trata-se da causa de morte mais comum devido à trombocitopenia.