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ID
2311699
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
Prefeitura de Tanguá - RJ
Ano
2017
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Sífilis Congênita é um grave problema de saúde pública que ocorre quando há transmissão vertical do Treponema pallidum da gestante infectada para seu concepto. Em relação à prevenção e tratamento da Sífilis Congênita, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada recomendação a seguir:
(..) A prevenção da Sífilis Congênita na criança tem início no pré-natal, com a realização de exames e acompanhamento até o nascimento.
(..) As consequências da ausência do tratamento do recém-nascido podem acarretar sequelas irreversíveis, como surdez, cegueira e retardo mental.
(..) A transmissão do agente Treponema pallidum presente no sangue contaminado da mãe para o feto ocorre apenas na 3ª fase da gestação, por via transplacentária, e em qualquer estágio da doença. Marque a alternativa que apresenta a ordem correta.

Alternativas
Comentários
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADfilis_cong%C3%AAnita

  • Sífilis congênita (português brasileiro) ou sífilis congénita (português europeu) é a sífilis transmitida por via transplacentária. Se a mãe não for sifilítica feto também não o será.

    O causador da sífilis é um pequeno microorganismo espiralado, o Treponema pallidum, que cruza rapidamente a membrana placentária já com nove a dez semanas de gestação.

    A gravidez exerce efeito supritivo nas manifestações de sintomas e lesões normalmente visíveis na sífilis, portanto algumas vezes a doença passa despercebida pela mãe podendo ser diagnosticada apenas com exames sorológicos, correlacionando os resultados dos testes de infecção do líquido amniótico com a evidência da ultra-sonografia, podendo esta ser identificada pois durante o acomentimento ocorre: espessamento cutâneo, aumento da placenta, efusões nas cavidades serosas, entre outros sinais.

    As infecções maternas primárias(adquiridas durante a gravidez), quase sempre causam infecções fetais e anomalias congênitas graves, entretanto, o tratamento adequado da mãe pode matar o organismo impedindo que este atravesse a membrana placentária e infecte o feto. As infecções maternas secundárias(adquiridas antes da gravidez) raramente resultam em doenças e anomalias fetais.

    A forma mais comum de contaminação é através da passagem do microorganismo para placenta, mas excepcionalmente, o contágio pode dar-se pelo contato direto das lesões infectadas durante o parto vaginal.

    Após o quinto mês, a doença transmite-se mais facilmente ao feto, podendo culminar em óbito intra uterino, abortamento, parto prematuro, crescimento retardado, decesso neonatal, sífile congênita. A possibilidade de transmissão é maior na primeira gestação, diminuindo nas sucessivas.

    Nem todo filho de mãe sifilítica terá sífilis congênita, cerca de 20% não obtém contaminação.

    A sífile só é transmitida ao feto pela gestante nos dois primeiros anos que ela foi contaminada.

    A sífilis congênita pode ser classificada em:

    Recente: quando os sintomas aparecem nos primeiros dois anos de vida, sendo mais manifestos do primeiro ao terceiro mês.

    Tardia: quando os sintomas aparecem a partir do segundo ano, ocasionando deformações de dentes, surdez, alterações oculares, dificuldades de aprendizagem, retardo mental.

  • Gabarito: Letra B.

     

     

     

    De acordo com o artigo Sífilis congênita e sífilis na gestação.Rev Saúde Pública.2008.

     

     

     

    Item III-Errado.

     

     

    A sífilis congênita é decorrente da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via transplacentária.

     

    A transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação e em qualquer estágio da doença, com probabilidades de 50% a 100% na sífilis primária e secundária, 40% na sífilis latente precoce e 10% na sífilis latente tardia.

     

    A sífilis congênita é dividida em dois períodos: a precoce (até o segundo ano de vida) e a tardia (surge após segundo ano de vida).

     

    A maior parte dos casos de sífilis congênita precoce é assintomática (cerca de 70%), porém o recém-nascido pode apresentar prematuridade, baixo peso, hepatomegalia, esplenomegalia, lesões cutâneas (pênfi go sifi lítico, condiloma plano, petéquias, púrpura, fissura peribucal), periostite, osteocondrite, pseudoparalisia dos membros, sofrimento respiratório com ou sem pneumonia, rinite serosanguinolenta, icterícia, anemia, linfadenopatia generalizada, síndrome nefrótica, convulsão e meningite, trombocitopenia, leucocitose ou leucopenia.

     

    Na sífilis congênita tardia, as manifestações clínicas são raras e resultantes da cicatrização da doença sistêmica precoce, podendo envolver vários órgãos.