Questão 2318005

• Banca: FCC
• Órgão: DPE-SP
• Ano: 2015
• Provas: FCC - 2015 - DPE-SP - Relações Públicas
• Disciplina: Relações Públicas
• Assuntos: Comunicação no Pensamento Social; Processo da Comunicação; Teorias da Comunicação

As massas têm o direito de exigir uma transformação do regime de propriedade; o fascismo quer permitir que se expressem, mas conservando esse regime. O resultado é que tende, naturalmente, para uma estetização da vida política.

[...] Fiat ars, pereat mundus [Deixe a arte ser criada, deixe o mundo perecer]: é essa a palavra de ordem do fascismo, que, como Marinetti o reconhece, espera obter na guerra a satisfação artística de uma percepção sensível modificada pela técnica. Reside aí, evidentemente, a perfeita realização da arte pela arte. Na época de Homero a humanidade se oferecia em espetáculo aos deuses do olimpo; ela agora se converteu no seu próprio espetáculo. Tornou-se tão alienada de si mesma que consegue viver sua própria destruição como um prazer estético de primeira ordem.

(Epílogo: BENJAMIN, Walter: A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: LIMA, Luiz Costa: Teoria da Cultura de Massa. São Paulo: Paz e Terra, 2000, p. 252-254)

Neste clássico texto nos estudos das teorias da comunicação social e da cultura de massa, Walter Benjamin realiza uma crítica e propõe uma solução para evitar que a arte faça propaganda para a autodestruição humana. Este autor defende

• A. o controle ideológico do cinema e do rádio contra a expansão ideológica do discurso fascista.
• B. a politização da arte como uma forma de gerar a consciência que não se seduz pela estetização da política.
• C. a educação formal pública e universal, vinculada em valores humanistas, como antídoto à vulgarização da cultura popular.
• D. o combate ideológico nos meios de comunicação existentes como modo de fortalecer a democracia ante o fascismo.
• E. exibir superstars na propaganda pró-democracia, aproveitando a própria estetização da política promovida pelos fascistas.

Gabarito: B