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Luto e melancolia
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Essas questões puramente psicanalíticas são f...
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Gab A: escolha narcísica de objeto, identificação com o objeto e intensa ambivalência afetiva.
conceito de narcisismo, que localiza o eu como objeto de amor para si mesmo e o delineia como reservatório do qual a libido pode ser enviada - e retirada - aos demais objetos. Mas Narciso também pode se odiar e chegar a abandonar ou aniquilar a si mesmo. Se seu apaixonamento é perigoso por sua exclusividade. Um ideal, imagem de uma perfeição que lhe teria sido subtraída, e uma instância crítica que compararia constantemente o eu "real" a tal ideal, exigindo que ele deste se aproxime. Na atividade de tal instância crítica, a melancolia desenrola uma força destrutiva que, alguns anos mais tarde, Freud nomeará pulsão de morte.
TANIA RIVERA é psicanalista, ensaísta e professora da Universidade Federal Fluminense.
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A questão saiu do escrito Luto e Melancolia de Freud.
Fonte: Alysson Barros
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No caso da melancolia, “a identificação narcísica com o objeto se torna então um substituto do investimento amoroso e disso resulta que, apesar do conflito, a relação amorosa com a pessoa amada não precisa ser abandonada... O ego só pode matar a si próprio se puder, por meio do retorno ao investimento do objeto, tratar-se como um objeto, se puder dirigir contra si a hostilidade que vale para o objeto e que representa a reação primordial do ego contra os objetos do mundo externo. Assim, na regressão a partir da escolha narcísica de objeto, o objeto foi de fato suprimido, mas provou ser mais poderoso que o próprio ego. Nas duas situações opostas, o mais extremado enamoramento e o suicídio, embora por caminhos inteiramente diferentes, o ego é subjugado pelo objeto" (FREUD).
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Melancolia
--> tipo de investimento da libido ligada ao objeto perdido
--> escolha narcísica de objeto, recusa da realidade e racionalização
No caso da melancolia, “a identificação narcísica com o objeto se torna então um substituto do investimento amoroso e disso resulta que, apesar do conflito, a relação amorosa com a pessoa amada não precisa ser abandonada... O ego só pode matar a si próprio se puder, por meio do retorno ao investimento do objeto, tratar-se como um objeto, se puder dirigir contra si a hostilidade que vale para o objeto e que representa a reação primordial do ego contra os objetos do mundo externo. Assim, na regressão a partir da escolha narcísica de objeto, o objeto foi de fato suprimido, mas provou ser mais poderoso que o próprio ego. Nas duas situações opostas, o mais extremado enamoramento e o suicídio, embora por caminhos inteiramente diferentes, o ego é subjugado pelo objeto" (FREUD).
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Freud (1917), em seu texto "Luto e Melancolia", traz que
" ... a tendência a adoecer de melancolia (ou parte dessa tendência) reside na predominância do tipo narcisista da escolha objetal [...] a escolha objetal é efetuada numa base narcisista, de modo que a catexia objetal, ao se defrontar com obstáculos, pode retroceder para o narcisismo. A identificação narcisista com o objeto se torna, então, um substituto da catexia erótica, e, em conseqüência, apesar do conflito com a pessoa amada, não é preciso renunciar à relação amorosa [...] a identificação é uma etapa preliminar da escolha objetal, que é a primeira forma - e uma forma expressa de maneira ambivalente - pela qual o ego escolhe um objeto."
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
Gabarito: A