Questão mal formulada, ao meu ver. Basicamente um CTRL+C CTRL+V de conceitos do manual de correção de FP da WEG, mas mal interpretado. Logo na primeira linha o examinador cita que a questão versa sobre correção do FP em baixa tensão. Logo, a alternativa dada como correta (c) deveria ser a primeira a ser excluída. A correção por bancos fixos do lado de alta de fato mantém os inconvenientes devidos ao baixo fator de potência interno da instalação. O mesmo acontece com a correção no lado de baixa tensão da entrada (alternativa e) que, ao meu ver, é a mais coerente com o pedido da questão. Porém o examinador se ateve demasiadamente à literalidade dos conceitos do manual da WEG e, para ele, o conceito da (e) seria:
Correção na entrada da energia de baixa tensão: permite uma correção bastante significativa, normalmente com bancos automáticos de capacitores. Utiliza-se este tipo de correção em instalações elétricas com elevado número de cargas com potências diferentes e regimes de utilização poucos uniformes. A principal desvantagem consiste em não haver alívio sensível dos alimentadores de cada equipamento
GABARITO C
Entendo que o redator do manual da WEG, ao trazer a expressão "baixa tensão" em "a correção do fator de potência em baixa tensão", quis se remeter ao conceito incluso na NR 10 - "Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra", o qual seria a faixa de operação do sistema. Por outro lado, em "correção na entrada da energia de alta tensão", o "alta tensão" se refere ao lado de alta do trafo. Apesar de a FCC ter dado uma de IBFC, copiando manual da internet, entendo que a questão está correta mesmo.
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Segue abaixo a literalidade do manual:
3 - Correção do Fator de Potência em Baixa Tensão
3.1 - Tipos de Correção do Fator de Potência
A correção pode ser feita instalando os capacitores de quatro maneiras diferentes, tendo como objetivos a conservação de energia e a relação custo/benefício:
a) Correção na entrada da energia de alta tensão: corrige o fator de potência visto pela concessionária, permanecendo internamente todos os inconvenientes citados pelo baixo fator de potência e o custo é elevado.
b) Correção na entrada da energia de baixa tensão: permite uma correção bastante significativa, normalmente com bancos automáticos de capacitores. Utiliza-se este tipo de correção em instalações elétricas com elevado número de cargas com potências diferentes e regimes de utilização poucos uniformes. A principal desvantagem consiste em não haver alívio sensível dos alimentadores de cada equipamento.
c) Correção por grupos de cargas: o capacitor é instalado de forma a corrigir um setor ou um conjunto de pequenas máquinas (<10cv). É instalado junto ao quadro de distribuição que alimenta esses equipamentos. Tem como desvantagem não diminuir a corrente nos circuitos de alimentação de cada equipamento.
d) Correção localizada: é obtida instalando-se os capacitores junto ao equipamento que se pretende corrigir o fator de potência. Representa, do ponto de vista técnico, a melhor solução, apresentando as seguintes vantagens:
- reduz as perdas energéticas em toda a instalação;
- diminui a carga nos circuitos de alimentação dos equipamentos;
- pode-se utilizar em sistema único de acionamento para a carga e o capacitor, economizando-se um equipamento de manobra;
- gera potência reativa somente onde é necessário.
e) Correção mista: no ponto de vista ¨Conservação de Energia¨, considerando aspectos técnicos, práticos e financeiros, torna-se a melhor solução.
Fonte: http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-correcao-do-fator-de-potencia-958-manual-portugues-br.pdf