O eletrocardiograma é considerado padrão ouro para o diagnóstico não invasivo das arritmias e distúrbios de condução, além de ser muito importante nos quadros isquêmicos coronarianos, constituindo-se em um marcador de doença do coração. No eletrocardiograma normal (ECG) é possível distinguir a onda P, o intervalo P-R, o complexo QRS, o segmento STe a onda T.
A Fibrilação Atrial - FA é uma arritmia supraventricular em que ocorre uma completa desorganização na atividade elétrica atrial, fazendo com que os átrios percam sua capacidade de contração, não gerando sístole atrial. Essa desorganização elétrica é tamanha que inibe o nó sinusal enquanto a FA persistir. Ao eletrocardiograma, a ausência de despolarização atrial organizada reflete-se com a substituição das ondas P, características do ritmo sinusal, por um tremor de alta frequência da linha de base do eletrocardiograma que varia em sua forma e amplitude. Observe que na imagem fornecida pela banca não tem onda P.
Bradicardia sinusal qunao a frequência cardíaca menor que 60 bpm, algumas literaturas falam em 50, mas não tem ausência da onda P.
A taquicardia sinusal aumenta a frequencia cardíaca acima de 100bpm, mas não leva a alterações no tracado do ECG somente na frequência.
Fibrilação ventricular - caracteriza-se por ondas bizarras, caóticas, de amplitude e frequência variáveis. Clinicamente, corresponde à parada cardiorrespiratória.
Gabarito do professor: Letra A
Bibliografia
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