A partir das estratégias educativas, quer seja da pedagogia da ajuda e da participação, que visam a reprodução da lógica capitalista, ou da construção de uma pedagogia emancipatória pelas classes subalternas, a função pedagógica da prática do assistente social está vinculada, na sociedade capitalista, aos processos político s e culturais na luta pela hegemonia, posto que está inserida nos processos diferenciados de organização e reorganização da cultura. Segundo Iamamoto (2004), os profissionais contribuem nessa direção à medida que socializam informações que subsidiam a formulação e a gestão de políticas públicas e o acesso a direitos sociais, ao viabilizarem o uso de recursos legais em prol dos interesses da sociedade civil organizada e ao interferirem na gestão e avaliação daquelas políticas, ampliando, assim, o acesso a informação a indivíduos sociais para que possam lutar e interferir na alteração dos rumos da vida em sociedade. A ação educativa do Serviço Social, quando pensada numa perspectiva que desmistifique a ideologia dominante e resgate e sistematize o potencial existente no cotidiano das classes trabalhadoras por meio da crítica ao senso comum, torna-se um novo caminho a ser percorrido na busca pela superação e transformação.
Fonte: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/viewFile/7542/6830