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ID
2362039
Banca
Quadrix
Órgão
SEDF
Ano
2017
Provas
Disciplina
Odontologia
Assuntos

Uma paciente de trinta anos de idade, na vigésima oitava semana de gravidez, foi atendida em consultório odontológico apresentando gengivite, lesões de cárie extensas nas faces proximais dos quatro incisivos superiores, com imagens radiolúcidas próximas às respectivas câmaras pulpares, porém assintomáticos, ausência dos primeiros molares superiores, segundos molares superiores restaurados em resina composta na face oclusal, raízes residuais nas regiões dos dentes 34, 35, 36, 37, 44, 45 e 46, e dente 47 com remanescente coronário mésio-vestibular, porém extensa destruição coronária distolingual, com invasão de espaço biológico.

Considerando esse caso clínico hipotético, julgue o item seguinte.

A bupvacaína deve ser o anestésico de escolha nesse caso, por atravessar a placenta mais rapidamente que os demais agentes anestésicos locais existentes, o que diminui o tempo de contato com o feto, reduzindo o risco de cianose fetal. 

Alternativas
Comentários
  • A solução anestésica local mais segura para GESTANTES  e, portanto, recomendada, , consiste na associação de lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000 (Alphacaine®) ou com noradrenalina 1:50.000, respeitando-se o limite máximo de 2 tubetes anestésicos(3,6 ml) por sessão de atendimento, procedendo-se sempre a prévia aspiração e a injeção lenta da solução.

  • Todos os anestésicos locais, por serem lipossolúveis,

    atravessam facilmente a placenta por meio

    de difusão passiva. Os fatores que determinam a

    quantidade e a velocidade de transferência placentária

    dos anestésicos são:

    Tamanho da molécula: a prilocaína atravessa

    a placenta mais rapidamente do que os demais

    anestésicos locais. Se doses excessivas de prilocaína

    forem empregadas nas gestantes, pode ocorrer o

    fenômeno de metemoglobinemia na grávida ou no

    feto, alteração que será mais bem detalhada adiante.

    Grau de ligação do anestésico às proteínas plasmáticas:

    quando um anestésico local é absorvido

    para o sangue materno, uma proporção deste liga-

    -se às proteínas plasmáticas, restringindo sua passagem

    pela placenta, ou seja, o agente anestésico somente

    atravessa a placenta se estiver na forma livre.

    Teoricamente, quanto maior for o grau de ligação

    proteica, maior o grau de proteção ao feto.

    A lidocaína, após absorção, apresenta uma ligação

    proteica de ~ 64%, maior do que a da prilocaína

    (55%) e menor do que a bupivacaína (95%).

    Com base nesses dados, a bupivacaína seria o anestésico

    mais seguro para uso em gestantes. Entretanto,

    a longa duração de sua ação anestésica limita seu

    emprego em pacientes grávidas.