SóProvas


ID
2366926
Banca
FGV
Órgão
ALERJ
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 4 - PRIVAÇÕES

                         Verissimo, O Globo, 20/10/2016

       “Durante anos, o Brasil sofreu a privação do Frank Sinatra. Passava ano, passava ano, e o Frank Sinatra não vinha. Nossa maior angústia era com o tempo: se demorasse muito para vir, o Frank Sinatra, quando viesse, não seria mais o mesmo. Poderia não ter mais a grande voz, ou ser uma múmia de si mesmo. Por que o Frank Sinatra não vinha ao Brasil enquanto era tempo? E, finalmente, o Frank Sinatra veio ao Brasil. E a espera, concordaram todos, tinha valido a pena. Sinatra cantou no Rio Palace para endinheirados e no Maracanã para uma multidão. Sua voz era a mesma dos bons tempos, apenas envelhecida em tonéis de carvalho como um bom Bourbon. O Brasil agradeceu a Sinatra com o maior público de sua carreira. E ficou feliz”. 

No texto 4 está presente o seguinte segmento: “Poderia não ter mais a grande voz, ou ser uma múmia de si mesmo”.

Nesse segmento exemplifica-se a seguinte figura de linguagem:

Alternativas
Comentários
  • A seguir as figuras de linguagem mais usadas:

    ·         METÁFORA: A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real. Toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo –como- não aparece.

    ·         COMPARAÇÃO: É a comparação entre dois elementos usando obrigatoriamente uma palavra comparativa (como).

    ·         METONÍMIA: Consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Exemplo: Sócrates bebeu a morte. (= Sócrates tomou veneno.)

    Obs. atualmente não se distingue a metonímia e a sinédoque.

    ·         CATACRESE: Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: pé da mesa; asa da xícara, maçã do rosto.

    ·         PERÍFRASE: Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. Exemplos: cidade maravilhosa > Rio de Janeiro; rei do futebol > Pelé; rainha dos baixinhos > Xuxa.

    ·         SINESTESIA: Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplo: você tem um olhar quente e azedo (visão + tato+ paladar).

    ·         ANTÍTESE: É uma figura de pensamento. Consiste na utilização de dois termos que contrastam entre si. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. Exemplo: nasce o sol, e não dura mais que um dia; depois da luz, se segue a noite escura...

    ·         PARADOXO: Também é uma figura de pensamento. Consiste numa proposição aparentemente absurda, que reúnem lado a lado ideias inconciliáveis. Exemplo: O amor é ferida que dói e não se sente.

    ·         EUFEMISMO: Consiste no emprego de uma palavra ou expressão que vise atenuar o tom desagradável ou agressivo de certas ideias. Exemplo: Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor

  • Poderia não ter mais a grande voz, ou ser uma múmia de si mesmo”.

    metáfora: procure se há o verbo SER.

    LETRA B.

  • Letra B.

    A metáfora é quando se usa uma palavra com o significado de outra. Ex: Seus olhos eram duas esmeraldas. 

    "Sombrancelhas como as tuas

    São impossível havê-las.

    São dois laços de fitas,

    Que prendem duas estrelas."

  • De forma mais sintetica:

     

    Metafora

    Comparação IMPLICITA

    "Ou ser como uma múmia de si mesmo"

     

    Catacrese

    Metafora já muito utilizada

     

    Metonimia

    Troca de termos que possuem afinidade

     

    Perifrase

    Trocar um SER por uma CARACTERISTICA

     

    Antitese

    Ideias Opostas

     

    Paradoxo

    Ideias absurdas; contrarias

     

    Eufemismo

    Suavização Intencional de ideias

     

    Ironia

    Diz o contrário do que se pretende com o objetivo de dizer o que se pretende

     

    Hiperbole 

    Exagero Intecional

     

    Apostrofe

    É um vocativo

     

    Anafora

    Repetição de termos

     

     

  • Metáfora - é uma comparação implícita de um objeto figurado.

     

    ou ser uma múmia de si mesmo

    ou ser como uma múmia de si mesmo

  • Pra mim também seria um Pleonasmo, afinal, tem como ser uma múmia de outra pessoa!?

     

    Ser uma múmia de sí mesmo.

    Subir pra cima.

    Descer pra baixo

    ...

  • Quando a questão da FGV está muito na cara, eu desconfio e marco a errada kk

  • Achei que era pleonasmo, mas percebo que dá pra ser múmia de outra pessoa kkk

  • Poderia ser pleonasmo também, na parte "de si mesmo"

     

  • Vai chutar??Chuta Metáfora kkkk
  • Como se fosse uma múmia..

     

  • A metáfora é uma comparação ímplicita, em que acontece a fusão de dois elementos comparados com a ideia de que "um é o outro"

    Exemplo: "Aquele menino é um touro."

    Questão: "O personagem ser uma múmia"

    Se você observar, é como se os dois fossem literalmente um só, não dois elementos (Personagem e Múmia)

    Bons estudos! =)

  • Eu também marquei pleonasmo, pela repetição das ideias "não ter grande voz" e "ser uma múmia de si mesmo", ambas transmitindo a mesma ideia: não ser mais um bom cantor. Além do "si mesmo", afinal, como ser múmia de outra pessoa? 

    Alguém saberia me explicar porque não pode ser pleonasmo?

    Mas, lendo os comentários, entendo a lógica da  metáfora...

    O foda é que depois que eu leio os comentários, tudo faz sentido. O dificil é escolher o certo na hora da prova... O.o

  • É aquela historia, na dúvida com FGV marque Metáfora

  • leticia nascimento, cuidado! Há outras questões da FGV que têm a metáfora entre as alternativas e não é a correta.

  • ... ou ser como uma múmia de si mesmo. (comparação implícita = metáfora)

  • Em razas linhas para FGV metáfora são coisas completamente diferentes que tem o mesmo sentido.

    "Poderia não ter mais a grande voz, ou ser uma múmia de si mesmo"

     

    Pela minha interpretação as expressões que são completamente opostas e que tem o mesmo significado são NÃO TER UMA GRANDE VOZ e MÚMIA DE SI MESMO, para isso devemos levar em consideração que Frank Sinatra (que é um famoso cantor), quando viesse ao Brasil, poderia não seria mais o mesmo.

     

    O que é não ser mais ou mesmo para um cantor? é não ter uma grande voz não conseguir executar o que sempre execultou com excelência tornando-se com sugere o texto uma múmia de si mesmo.

     

    A FGV É TERRÍVEL ELA TEM UNS PONTOS DE VISTA QUE NINGUÉM ENTENDE, PEÇO QUE OS COLEGAS INDIQUEM A QUESTÃO PARA COMENTÁRIO DO PROFESSOR!!!!

  • Na dúvida, marque metáfora !

  • METÁFORA: dois elementos argumentam entre si p/ compreensão da sua estrutura.

    METONÍMIA: caracterização de um único elemento p/ a compreensão ser alcançada.

     

    Metafora ==> Comparação IMPLICITA

    "Ou ser como uma múmia de si mesmo"

    Comparação ==> É a comparação entre dois elementos usando obrigatoriamente uma palavra comparativa (como).

    Catacrese ==> Metafora já muito utilizada

    Metonimia ==> Troca de termos que possuem afinidade

    Perifrase ==> Trocar um SER por uma CARACTERISTICA. Cidade maravilhora = Rio de Janeiro

    Antitese ==> Ideias Opostas

    Paradoxo ==> Ideias absurdas; contrarias. Ex: O amor é ferida que dói e não se sente.

    Eufemismo ==> Suavização Intencional de ideias

    Ironia ==> Diz o contrário do que se pretende com o objetivo de dizer o que se pretende

    Hiperbole  ==> Exagero Intecional

    Apostrofe ==> É um vocativo

    Anafora ==> Repetição de termos

  • O ponto da questão é que predomina ( as duas figuras existem) a intenção de transmitir a ideia de que caso ele demorasse para vir ao Brasil já estaria morto ("seria uma múmia de si mesmo" - Uma metáfora com base num pleonasmo - Questão capciosa.)  

  • A expressão “múmia de si mesmo” é metáfora para descrever o suposto estado em que Sinatra poderia estar se não viesse logo ao Brasil. Em suma, indica que estaria velho, decrépito, como uma múmia...

  • b) metáfora;

    Comparação com conectivo subentendido!

  • A expressão “múmia de si mesmo” caracteriza a figura de linguagem conhecida como metáfora. Trata-se de uma comparação subjetiva implícita, o que pode ser evidenciado pela expressão subtendida antes de múmia “como se fosse”: ... ou ser (como se fosse) uma múmia de si mesmo...”.

    Não se trata de antítese nem paradoxo, haja vista que não ocorre uma oposição de ideias.

    Não ocorre metonímia, pois não é possível identificar uma troca entre elementos relacionados entre si pelos sentidos (todo pela parte; autor pela obra; marca pelo produto, etc.)

    Por fim, não há uma redundância de ideias, o que impede que consideremos um pleonasmo.

    Resposta: B

  • Gabarito B

    ----------------------------------------------------------------------------

    Em se tratando de português, a professora Flávia Rita é uma cobra.   [metáfora]

    Em se tratando de português, a professora Flávia Rita é como uma cobra.  [comparação; símile]

    ----------------------------------------------------------------------------

    (...) ou ser uma múmia de si mesmo. [metáfora]

    (...) ou ser como uma múmia de si mesmo. [comparação; símile]

    Elementos de comparação: como, igual, que nem

  • GABARITO: LETRA B

    Metáfora:
    Trata do emprego da palavra fora do seu sentido básico, recebendo nova significação por uma comparação entre seres de universos distintos.
    Evanildo Bechara é uma fera da gramática.
    Evanildo Bechara – uma fera da gramática – é o melhor atualmente.
    fera do Bechara tem obras importantíssimas sobre a língua.
    Bechara?! Que fera!
    O Bechara vai “desmatando o amazonas de minha ignorância”.

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.