A Primeira República começou com a Proclamação da República, em 1889, e vai até a Revolução de 1930. A Proclamação da República aconteceu quando a base política da monarquia, militares, parte elitizada da sociedade civil e oligarcas paulistas se mostraram insatisfeitos com as medidas tomadas pelo imperador. Os militares destituíram o monarca e levaram José do Patrocínio a proclamar a República, ou seja, a instauração da república se deu através de um golpe militar apoiado politicamente por setores de elite que visavam manter o seu status quo.
O período político da Primeira República foi dominado pelas oligarquias agrárias. Os oligarcas eram os latifundiários que possuíam o controle político em suas regiões. A política dos governadores foi a “política dos estados", baseada na troca de favorecimento entre as esferas federal e estadual. O Governo Federal ofereceria apoio a oligarquia mais influente de cada estado e assim eles elegeriam o Governador daquele estado.
Em troca, o governador apoiaria, em cada estado, a eleição dos membros do legislativo que fossem a favor da política do Presidente da República.
As ferramentas para que isso acontecesse foram das mais variadas desde o clientelismo até práticas violentas mandatórias, voto de cabresto (manipulação de voto) e fraude nas atas da eleição. A politica café com leite se refere ao pacto entre as oligarquias mineiras e paulistas.
O acordo previa a alternância entre os representantes de cada oligarquia nos mandatos a Presidência da República. O nome café com leite está relacionado ao fato de São Paulo ser o maior produtor de café e Minas Gerais, grande produtor de leite, sendo o estado mais populoso da federação. A aliança SP/ MG fazia com que, por serem populosos e ricos, mantivessem maioria na Câmara dos Deputados, impondo suas diretrizes .
Alguns historiadores não concordam com o termo, por que suprimem a importância de outras oligarquias importantes do país.
A estrutura social e econômica que favorecia aos oligarcas manteve ao longo da Primeira República seu predomínio em todas as instâncias de poder. Não era a república idealizada. Não era sinônimo de democracia.
Gabarito da professora: CERTO.