A entrevista em profundidade tem como objetivo principal o próprio entrevistado; importa retratar “a figura do entrevistado, a representação de mundo que ele constrói, uma atividade que desenvolve ou um viés de sua maneira de ser” (LAGE, 2001, p. 75).
A entrevista ritual “é geralmente breve. O ponto de interesse está mais centrado na exposição (da voz, da figura) do entrevistado do que no que ele tem a dizer” (LAGE, 2001, p. 74).
A entrevista dialogal é, para Lage, “a entrevista por excelência”:
Marcada com antecipação, reúne entrevistado e entrevistador em ambiente controlado – sntados, em geral, e, de preferência, sem a interveniência de um aparato (como uma mesa de escritório) capaz de estabelecer hierarquia (...) Entrevistador e entrevistado constroem o tom de sua conversa, que evolui a partir de questões propostas pelo primeiro, mas não se limitam a esses tópicos: permite-se o aprofundamento e detalhamento dos pontos abordados (LAGE, 2001, p. 77).
Sobre a entrevista coletiva, aquela dada a repórteres de diversos meios de comunicação ao mesmo tempo, Lage argumenta ser esse o tipo de entrevista que dá o menor espaço à conversação entre fonte e jornalista, já que este geralmente só pode fazer poucas perguntas preparadas com antecedência.
Já a entrevista temática “aborda um tema, sobre o qual se supõe que o entrevistado tenha condições e autoridade para discorrer. Geralmente consiste na exposição de versões ou interpretações de acontecimentos” (LAGE, 2001, p. 74).
LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2001.