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LETRA D
O crescimento acelerado e não planejado das grandes metrópoles acarretou patologias urbanas, como o surgimento de grandes periferias, também conhecidas como “urbanização dispersa”, falta de um transporte público acessível a todos os moradores, falta de espaços urbanos para a convivência, além de grandes congestionamentos devido ao constante fluxo de veículos, principalmente em horários de pico.
O novo urbanismo surge nos Estados Unidos pelo final do século 20 como uma resposta ao “espraiamento ou suburbanização americana”, da iniciativa de um grupo de urbanistas estatudinenses que se reuniram em congresso empenhados em resolver estes problemas, através de estratégias que de modo geral visam a integração da cidade para com o usuário. O movimento tem como principais co-fundadores e membros ativos o Arquiteto Andres Duany e a Arquiteta Elizabeth Plater-Zyberk. Foi criado um leque de pontos que visam abranger o bem estar humano e a sustentabilidade das cidades, e com a “Carta do novo Urbanismo norte-americano”, sua atenção voltou-se para a preservação do patrimônio e do meio em que vivemos, tanto natural como urbano.
Esse modelo é baseado em um eficiente sistema de mobilidade urbana que conecte os núcleos adensados em rede, promovendo maior eficiência nos transportes públicos e gerando um desenho urbano que encoraje a caminhada e o ciclismo, além de novos formatos de carros (compactos, urbanos e de uso com serviço avançado (LEITE, 2012, p. 136).
Fonte: https://www.usp.br/nutau/anais_nutau2014/trabalhos/Nova%20pasta/romanini_anicoli.pdf
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Complicado esse Gabarito (D).
A Carta do Novo Urbanismo não cita diretamente nenhuma negação de forma e função na arquitetura e sim do zoneamento monofuncional.
Nos edifícios fala-se inclusive da coexistência de estilos:
"Os projectos arquitectónicos individuais devem estar bem integrados com o seu redor. Esta questão transcende o estilo."
E de formas distintas para funções distintas:
"Os edifícios com funções cívicas e os lugares de encontro público (...) Merecem formas distintivas, porque o seu papel é diferente do papel que têm os outros edifícios e lugares que constituem os tecidos urbanos."
E em vários trechos incitam a uma hierarquização de vias:
"Uma tarefa primária de todo o projecto urbano de arquitectura e paisagismo é a definição física das ruas e dos espaços públicos como lugares de uso partilhado.
(...)
Redes interligadas de ruas devem ser desenhadas para encorajar as deslocações a pé, reduzindo o número e as distâncias das deslocações de automóvel e poupando energia.
(...)
Os corredores são ligações de vizinhanças e bairros a uma escala regional; podem ser desde avenidas e linhas férreas a rios e vias panorâmicas. Por outro lado, vias rápidas e auto-estradas não deverão afastar o investimento dos centros existentes."
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Questão bem esquisita. Porém dá pra acertar se lembrar que "a forma segue a função" é um princípio modernista, e o Novo Urbanismo é contra praticamente todos os princípios do urbanismo moderno.
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O
Novo Urbanismo surgiu nos Estados Unidos, no final do século XX, em resposta às
questões da suburbanização das cidades. A Carta do Novo Urbanismo como solução
para problemas no contexto da expansão urbana das grandes cidades para os
subúrbios, que defende a ideia de que o aumento da densidade nos bairros,
incorporando usos múltiplos em suas edificações (como residências e comércios
no mesmo quarteirão, por exemplo), ajudaria na questão preservação da natureza
e degradação ambiental. Tal configuração promoveria, dessa forma, redução na
quantidade de vias automobilísticas, diminuindo a dependência do uso do
automóvel, resultando em uma maior interação entre vizinhança.
Gabarito do Professor: Letra D.