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ID
2373172
Banca
CS-UFG
Órgão
UFG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Um cliente que ao longo de um processo psicoterapêutico, desenvolvido sob a perspectiva cognitiva, apresenta situações de quebra de homeostase física, psíquica ou relacional, pensamentos e atitudes predominantemente religiosos, está usando a estratégia de enfrentamento psicológico do tipo:

Alternativas
Comentários
  • b) regulação da emoção

  • Os indivíduos que lidam com experiências estressantes vivenciam as emoções em in- tensidade crescente, o que, por si só, pode ser mais uma causa de estresse e intensi- ficação das emoções. Por exemplo, um homem que passa pelo término de uma relação íntima sente tristeza, raiva, ansie- dade, falta de esperança e até sensação de alívio. À medida que essas emoções se in- tensificam, ele pode vir a abusar de drogas ou álcool, comer compulsivamente, ter in- sônia, adotar um comportamento sexual ou criticar-se. Uma vez que as emoções de ansiedade, tristeza ou raiva surgem, formas problemáticas de lidar com sua intensidade podem determinar se as ex- periências estressantes vão levá-lo a novos comportamentos problemáticos. A desre- gulação emocional pode incitá-lo a quei- xar-se, provocar e atacar ou afastar-se dos outros. Ele pode ficar ruminando sobre suas emoções, tentando descobrir o que está acontecendo, o que o faz mergulhar ainda mais na depressão, no isolamento e na inatividade. Os estilos problemáticos de enfrentamento dos problemas podem reduzir temporariamente a agitação (p. ex., beber álcool reduz a ansiedade a cur- to prazo), mas também prejudicar a ad- ministração das emoções posteriormente. Tais soluções temporárias (comer com- pulsivamente, esquiva, ruminação e abuso de substâncias) podem funcionar em um primeiro momento; contudo, as soluções podem se tornar um problema.

    A intensificação excessiva inclui qualquer aumento de intensidade de uma emo- ção que seja sentida pelo indivíduo como indesejada, intrusiva, opressora ou proble- mática. A intensificação de emoções que resultem em pânico, terror, trauma, temor ou senso de urgência, de forma que o in- divíduo se sinta sobrecarregado e com difi- culdade de tolerar tais emoções, encaixa-se nesses critérios. A desativação excessiva de emoções inclui experiências dissociativas, como despersonalização e desrealização, cisão ou entorpecimento emocional em si- tuações nas quais normalmente se esperaria que as emoções fossem sentidas em alguma intensidade ou magnitude. Por exemplo, ao confrontar uma situação de perigo de vida, uma mulher reage com entorpecimento emocional e relata ter se sentido como se estivesse em uma outra dimensão de tempo e espaço, observando o que parecia ser um filme. Essa desativação emocional, carac- terizada por desrealização, é vista como uma reação atípica a um evento traumá- tico. A desativação excessiva de emoções impede o processamento emocional e faz parte de um estilo de enfrentamento carac- terizado por esquiva. Entretanto, pode ha- ver situações em que desativar ou tempora- riamente suprimir a emoção pode ser útil. Por exemplo, a reação inicial a um evento catastrófico pode ser mais adaptativa pela supressão instantânea do medo, de modo que se possa lidar com a situação no mo- mento.