SóProvas


ID
2381284
Banca
IBFC
Órgão
POLÍCIA CIENTÍFICA-PR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

Afinal: o que é a “morte cerebral”?

A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na medicina e envolve o preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais

      O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre outros, para que as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.

      E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela simples falta da atividade cerebral adequada.

      Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito tempo, também achávamos que as sensações (o amor, por exemplo), emanavam do coração.

      Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas. A necessidade de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou “morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores.

      Existem algumas diferenças para a defnição de morte cerebral em diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas características clínicas, que são facilmente reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e não responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o indivíduo esteja. [...]

      Uma vez defnida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato que possivelmente poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.

(Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afnal-o-quee-a-morte-cerebral/ Acesso em: 07/02/17)

O seguinte fragmento “ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc,” (5º§) aponta ações que são empregadas, no texto, a fim de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D.

    Cada um destes aspectos foi regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o indivíduo esteja. [...]

  • Letra D
    Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas características clínicas, que são facilmente reconhecidas por um neurologista. (...) 
    Cada um destes aspectos foi regulamentado
    : ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o indivíduo esteja. [...]

  • ESSA QUESTÃO TEM, NO MÍNIMO, DUAS RESPOSTAS CORRETAS.  EXAMINADOR TABAJARA!!!

  • Duas respostas corretas não sei aonde 0.o

  • Que banca, terrível. A menos pior é a D.      Subjetividade para analise de texto está pior que as viagens da FGV. 

     

  • Divulgar? Afff.... 

  • Duvido alguém conseguir contestar que a C também não seja resposta.
  • acredito que a C esteja errada pela afirmação: "Existem algumas diferenças para a defnição de morte cerebral em diferentes países, mas muitos aspectos são comuns."

    apesar de não concordar muito bem com essa questão toda, a alternativa C fala de complexidade

     

  • Por que não a B?

  • letra C=está errado pelo fato de dizer que esses procedimentos são complexos,ver se o paciente respira é complexo?não né,qualuqer um pode ver isso.

    GAB:D

  •  

    D) divulgar a especificação de um protocolo médico adotado.

    Cada um destes aspectos foi regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o indivíduo esteja.

    conclusão- Em razão da regulamentação os médicos devem seguir um conjunto de procedimentos, um protocolo. 

  • Fui de Letra B, uma vez que a caracterização do paciente, através da criação do protocolo médico, teve a intenção de unificar a atuação médica.

    Mas tamém estava divida demais com a alternativa D, que é a correta.

  • MEDICO ESPECIALIZADO NO CASO O NEUROLOGISTA É UM PROTOCOLO MÉDICO 

  • a)orientar os leitores em geral para que estejam aptos ao diagnóstico. 

    Errado.Diagnóstico somente a um Neurologista

    b)sugerir a popularização desses procedimentos para vários profissionais.

    Errado.Não fala de vários profissionais,mais somente a neurologistas

    c)indicar a complexidade de uma prática clínica e especializada. 

    Errado.Não há complexidade

    d)divulgar a especificação de um protocolo médico adotado.

    Certo.Cada um destes aspectos foi regulamentado (PROTOCOLO): ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o indivíduo esteja

    e)explicar ações que não são compreendidas por um leitor comum. 

    Errado.Não há uma explicação