A questão avalia os conhecimentos do candidato em identificação humana, genética e genética forense.
I. ERRADO. Mesmo nos carbonizados é possível fazer a pesquisa de DNA. Nesses casos, às vezes alguns tecidos mais internos estão suficientemente conservados para coleta de material, ou, ainda, utiliza-se os ossos ou dentes para extração de material genético. Uma vez que outras técnicas de identificação tornam-se inviáveis no caso de carbonizados, a análise de DNA tem ainda mais valia nesses casos.
II. CERTO. Nos casos de traumatismos crânio-encefálicos graves, o trauma pode impossibilitar a comparação entre os registros ante-mortem e post-mortem, causando modificações extremas na estrutura do arco dentário.
III. CERTO. A unidade básica do polímero de DNA é o nucleotídeo. Essas unidades estão unidas por meio da ligação fosfodiéster entre moléculas de açúcar e radicais fosfato que compõem os nucleotídeos. O radical fosfato se liga ao carbono 3' de um açúcar e ao carbono 5' do seguinte.
Gabarito do professor: Alternativa C (estão corretas apenas as afirmativas II e III).
Segundo o livro Vanrell 3° Edição, página 320, cita-se:
"Ainda que as estruturas dentárias sejam mais resistentes às alterações traumáticas ou aos processos putrefativos que outros meios de identificação perecíveis, é o DNA que tem maiores chances de sobrevivência. Qualquer resto de tecido orgânico, qualquer fragmento de osso, à exceção dos carbonizados ou dos que sofreram imersão prolongada em água salgada, podem ser utilizados para pesquisa de DNA."
Acredito que o erro no inciso I, na verdade, esteja na restrição advinda da palavra APENAS, visto que a imersão em água salgada também faz parte desse contexto.
Diante do exposto e da fonte, alguém tem alguma outra fundamentação bibliográfica, pois, aparentemente, o trecho foi retirado do Vanrell.