DNS – Hierarquia de nomes
Hoje quase toda a gente que trabalha na área de internet já ouviu falar dos domínio de topo (normalmente abreviado como TLD – a sigla da expressão inglesa Top Level Domain).
O que nem toda a gente sabe, mesmo entre quem trabalha na área de internet é que existe um domínio acima dos domínios de topo. Trata-se do domínio . .
Este é domínio debaixo do qual (quase) todos os outros domínios estão. E digo quase apenas porque por vezes se utilizam truques relacionados com o funcionamento do DNS para criar domínios (mais ou menos) privados que não é possível resolver utilizando aquilo a que irei chamar a cascata de resolução de nomes tradicional.
Os nomes resolvidos pelo DNS são algo que nos habituamos a ver todos os dias. E isso inclui quem sem sequer utiliza a internet. Eles estão, hoje, em todo o lado – nos carros das empresas, nas suas facturas, nos cartões de visita, profissionais ou pessoais – são os endereços dos blogs, dos sites sociais e até parte dos endereços de email. Todos estes endereços são resolvidos pelo DNS.
Mas, como estão estruturados?
Bem, primeiro temos o senhor de todos os domínios, o dominio . – que normalmente não é utilizado explicitamente – e debaixo dele temos os domínios de topo – com, net, org, pt, br, us, uk, … – existem uns quantos globais, todos os países têm um e algumas regiões também têm domínio de topo – como os eu ou asia.
Cada um destes domínios de topo tem uma entidade que gere os domínios que são criados debaixo deste TLD. Por exemplo, no caso do TLD pt, a entidade que faz esta gestão é a FCCN.
Normalmente, satisfeitas as condições, é possível criar domínios debaixo destes domínios de topo ou em subdomínios deles – o com.pt ou o co.uk, por exemplo – e a gestão destes domínios é entregue à entidade que fez o registo, que pode depois criar os subdomínios que entender debaixo do seu nome.
Cada um destes nomes é separado do domínio acima por um ., criando-se assim os nomes que já estamos habituados a ver nos nomes dos sites.
Tradicionalmente o primeiro nome representa o nome da máquina, e todos os outros nomes acabavem por ser – por assim dizer – o caminho a percorrer para encontrar o servidor.
Assim, quando vemos um endereço como www.webaserio.com, estamos a olhar para o nome da maquina www do domínio webaserio que está debaixo do TLD com.
Claro que hoje, com maquinas muito mais rápidas e com uma muito maior diversidade de serviços, um servidor serve várias coisas e vários sites, e a primeira parte nome acaba por ser mais o nome do serviço do que o da maquina que disponíbiliza o serviço, havendo tão frequentemente vários serviços a ser disponibilizados numa mesma maquina como várias maquinas a servir um único serviço.
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