Questão 2398009

• Banca: COMVEST - UNICAMP
• Órgão: UNICAMP
• Ano: 2016
• Provas: COMVEST - UNICAMP - 2016 - UNICAMP - Vestibular
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Uma peripécia, uma reviravolta nas circunstâncias, de uma hora para outra transforma uma sequência rotineira de acontecimentos numa história.”

(Jerome Bruner, Fabricando histórias. Direito, literatura, vida. São Paulo: Letra e Voz, 2014, p.15.)

Levando-se em conta a noção acima proposta por Jerome Bruner, qual é a peripécia que ocorre no terceiro ato da peça Lisbela e o prisioneiro? 

• A. O disparo de arma de fogo em direção a Frederico Evandro, realizado por Lisbela, e a descoberta posterior de que as balas do revólver eram de festim.
• B. O encontro furtivo de Lisbela e Leléu na prisão, que torna possível a fuga do casal de amantes e produz o desenlace do drama.
• C. A fuga de Leléu da prisão, que somente foi possível devido às artimanhas de Lisbela ao pedir que seu pai desse uma corda para o prisioneiro.
• D. O retorno heroico de Frederico Evandro à prisão, com o intuito de salvar Leléu e assassinar o Tenente Guedes.

Gabarito: A

Comentários

• lternativa A A noção de peripécia apresentada por Jerome Bruner ocorre no terceiro ato da peça Lisbela e o prisioneiro, quando Lisbela se torna a suposta agente de um homicídio. Tal suposição decorre do fato de que, num primeiro momento, a maioria das personagens não têm ciência da presença, no revólver, de apenas um projétil, enquanto os demais eram de festim. À luz dessa descoberta, Tenente Guedes, o qual, antes de saber que as balas eram de festim, havia ordenado uma alteração da cena do suposto crime, determina que não haja modificação alguma, porque o valentão Frederico Evandro morreu de forma natural, a saber, infarto.