- ID
- 2401453
- Banca
- CESPE / CEBRASPE
- Órgão
- SEDF
- Ano
- 2017
- Provas
- Disciplina
- Conhecimentos Gerais
- Assuntos
Texto 15A2HHH
Os livros didáticos são, além de instrumentos para
professores, uma proposta curricular. Ao fazer as seleções, os
autores dos livros produzem e expressam posicionamentos
políticos, ideológicos e pedagógicos, (re)contextualizando discursos
oficiais e não oficiais. O caráter ideológico dos livros didáticos foi
motivo de ataque por parte de diversos historiadores,
principalmente na década de 80 do século passado, durante o
processo de redemocratização. Nesse período, acusaram os livros
didáticos de reproduzir o discurso dominante do Estado, o que
implicava reproduzir também as desigualdades sociais. Muitos
autores chegaram a defender a eliminação dos livros didáticos,
considerando-os “vilões da história”; já outros defendiam sua
permanência, afirmando que os livros expunham os conflitos
existentes na sociedade, e que neles coexistiam diferentes, e às
vezes contraditórias, concepções de história.
Érika Frazão e Adriana Ralejo. Narrativas do “outro” no currículo de
História: uma reflexão a partir de livros didáticos. In: Ana Maria
Monteiro (et al.). Pesquisa em Ensino de História.
Rio de Janeiro: Mauad X; FAPERJ, 2014, p. 180-1 (com adaptações).
A respeito da produção e do uso dos livros didáticos nas escolas, julgue o item a seguir.
No modelo de História Integrada — perspectiva programática
dominante nas coleções analisadas pelos Guias dos Livros
Didáticos de História (anos finais do ensino fundamental) —,
articulam-se os conteúdos de história europeia com os
conteúdos de história do Brasil e história da América, a partir
de um recorte temporal cronológico. As histórias africanas e
indígenas, quando incluídas, são abordadas sob um enfoque
secundário.