SóProvas


ID
2403376
Banca
Quadrix
Órgão
CFP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Mais da metade dos estudos de psicologia não pode ser reproduzido
   O maior esforço até o momento para reproduzir pesquisas da área da psicologia revelou que mais da metade delas falha ao ser replicada ‒ e mesmo aquelas que tiveram sucesso apresentaram resultados menos "intensos". A conclusão é de uma ampla análise publicada na revista Science e revela a preocupação dos cientistas por artigos mais rigorosos e confiáveis, que realmente façam avançar a ciência ‒ e não apenas confiram status e tragam financiamento para seus autores. A reprodutibilidade é um dos parâmetros mais importantes para conferir veracidade a um estudo. Nos últimos anos, os pesquisadores têm se debatido com um número crescente de artigos retratados, com erros, falhas ou, simplesmente, fraudentos.
   Para verificar se os artigos poderiam ser reproduzidos, 270 cientistas de todo o mundo, liderados pelo psicólogo Brian Nosek, professor da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, passaram três anos repetindo 100 estudos publicados nos mais importantes periódicos de psicologia durante 2008. Entraram em contato com os autores e pediram apoio para adaptar os testes, se fosse o caso. Ao final, conseguiram reproduzir apenas 36% dos resultados. Destes, a maior parte (83%) tinha efeitos com metade da "intensidade" dos originais.
   Os pesquisadores incluíram pesquisas famosas, como a que afirmou que mulheres comprometidas se sentem mais atraídas por homens solteiros no período fértil. De acordo com os cientistas responsáveis pela análise, a baixa taxa de reprodutibilidade não quer dizer que as pesquisas originais eram fraudes, mas que carecem de parâmetros que indiquem o grau de replicabilidade dos achados. Afinal, em ciências como a psicologia ou a medicina o número de variáveis envolvidas e que precisam ser controladas para que um estudo tenha sucesso é muito grande. Ao contrário de experiências com modelos animais, como ratos ou porcos, que podem ter o genoma manipulado pelos pesquisadores e vivem em laboratório, os homens têm histórias de vida e atitudes muito diversas que podem influenciar os resultados, como se fossem "ruídos" nos estudos.
    "É importante destacar que estes resultados tão decepcionantes não questionam diretamente a validade das teorias iniciais", avaliou Gilbert Chin, psicólogo e redator-chefe da Science. "O que(1) concluímos é que deveríamos confiar menos em muitos dos resultados destas experiências."
Credibilidade
   O estudo faz parte do Projeto Reprodutibilidade, uma colaboração internacional formada para identificar padrões de reprodutibilidade e práticas que poderiam melhorar os artigos científicos. É a segunda vez, neste ano, que a Science dedica ao tema. Em uma das edições de junho, Nosek e outros autores chamaram a atenção para o número crescente de fraudes e retratações na ciência, causadas, entre outros motivos, pela valorização do número de publicações científicas que pode incentivar a queda de qualidade e favorecer a desonestidade. De acordo com dois comentários, a avaliação quantitativa tem feito a ciência evoluir de forma "dramática e inquietante" e ajudado a promover fraudes, a falta de transparência e uma série de equívocos. Os cientistas sugeriram novos e mais rigorosos parâmetros para a avaliação de estudos, que(2) promovam a qualidade dos estudos.
 Mais que apontar fragilidades, os cientistas esperam que análises como que revela a pouca reprodutibilidade das pesquisas em psicologia possam ajudar os pesquisadores a fazer uma ciência mais exata e confiável, estabelecendo padrões para sua reprodução e verificação.
(veja.abril.com.br. Acesso em 28/08/2015)

No texto, há duas palavras "que" em destaque, individualizadas com os números (1) e (2). Analise cada uma delas, para então assinalar a alternativa que contenha sua classificação morfológica e, se for o caso, sua classificação sintática.

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia me ajudar com a ocorrência do "que" número 1?

    Eu realmente não entendi por que esse quê é um pronome relativo e não consigo vê-lo como objeto direto nessa oração.

  • O que concluímos é que deveríamos confiar menos em muitos dos resultados destas experiências.

    (Aquilo que) - Sempre que o O for pronome demonstrativo, o QUE será pronome relativo.

    Aquilo que (nós) concluímos. Perceberam que o sujeito já está determinado. Quem concluiu? NÓS!, Se o SUJEITO é NÓS, então o QUE só poderá ser objeto direto, pois quem conclui, conclui ALGO.

     

     

    Os cientistas sugeriram novos e mais rigorosos parâmetros, que promovam a qualidade dos estudos.

    Dica, separe: Os cientistas sugeriram novos e mais rigorosos parâmetros. Novos e mais rigorosos parâmetros promovem a qualidade dos estudos. O q promove a qualidade dos estudos? Novos parâmetros. QUE = sujeito

  • Vamos lá Carlos Duarte:

    Há uma regra (e é importante que você a memorize para casos como este) que diz que sempre que houver o artigo definido "o", "a", "os" e "as" (com ou sem preposição) antes de "que" e puderem ser substituídos por "aquilo", "aquele(s)", "aquela(s)", o artigo será pronome demonstrativo e o "que" será pronome relativo. SEMPRE! Posto isso, para proceder à análise sintática dos pronomes demonstrativo e relativo quando aparecem juntos, basta seguir os passos:

    1: isolar a oração principal da oração subordinada. ATENÇÃO! ao fazer isso é preciso lembrar que o pronome relativo e o demonstrativo não podem ficar na mesma oração. Vejamos:

     O /   que concluímos /   é que...

    OP       OS            OP

     2. Substituir o pronome relativo pelo termo ao qual ele remete, ou seja, o artigo. Vejamos:

     O concluímos ...

     3. Subistituir o artigo por "aquilo", "aquele(s)", "aquela(s)". Temos que:

    Aquilo concluímos

    Agora basta analisar a função sintática do "aquilo". A função que ele exercer será a função sintática que o "que" exercia na oração inicial. Para ficar mais fácil, vamos colocar a oração na ordem direta. ATENÇÃO! O sujeito da oração é oculto, mas pela desinência, é possível saber que é "nós". Observe:

    (nós) concluímos aquilo

    SUJ    VTD     OD

    Vamos agora ao segundo "que":

    1. O primeiro passo é separar as orações

    Os cientistas sugeriram novos e mais rigorosos parâmetros para a avaliação de estudos / que promovam a qualidade dos estudos

     2. O segundo passo é substituir o pronome relativo pelo termo ao qual ele se refere. No caso acima é o termo "parâmetros" Temos:

     que promovam a qualidade dos estudos >>>> parâmetros promovam a qualidade dos estudos

                                               SUJ        VTD         OD

    3. a função sintática exercida pelo termo na nova oração é a mesma que o "que" exercia na oração original, ou seja, sujeito.

    Gabarito: E

  • Eu identifiquei ambos pronomes relativos, mas as funções sintáticas 

    boei

  • Artigo na frente do QUE tem que ter atenção!! Se o artigo puder ser substituido por aquilo, o QUE terá função de pronome relativo. Como exemplificado pela ocorrencia 1 desse exercício. 

  • boa a explicaçâo da MARIA NASCIMENTO .

  • pronomes são chamados dessa forma porque se referem a um termo anterior – o antecedente. Além disso, diferentemente das conjunções que apenas conectam orações sintaticamente independentes, esses pronomes servem de elo de  entre a oração principal e uma outra que exerce uma função sintática em relação a um de seus termos. Assim, os pronomes relativos podem desempenhar uma função sintática nas orações a que pertencem. Eles podem ser:

    :

    Encontrei uma papelaria que dá bons descontos no material escolar. (que = sujeito do verbo “dá”)

    Objeto direto:

    Gosto dos filmes que ele fez. (que = objeto direto do verbo “fez”)

    Objeto indireto:

    Quero conhecer a exposição à qual você foi. (a qual = objeto indireto do verbo “foi”)

    Complemento nominal:

    Foi o último desejo da mamãe de que tivemos notícias. (de que = complemento nominal de “notícias”)

  • Um dia ainda vou acertar esse tipo de questão entendendo tudo.

  • EU NÃO ENTENDI O ULTIMO

    NÃO SERIAM SUJEITO OS CIENTISTA?