Há uma dicotomia (divisão de um elemento em duas partes com significados contrários) entre a razão e o instinto. O instinto, a principio, garantiria ao sujeito adotar a melhor opção numa ação, no sentido de se auto preservar, o que poderia ser considerado como uma conduta moralmente boa. Contudo, a razão foi dada como faculdade que deve exercer influência sobre a vontade. A razão deverá produzir uma vontade boa em si mesma e não boa como meio para atingir outros fins. A razão deve prevalecer sobre o instinto, deve procurar o bem supremo, e por isso evitar inclinações e instintos.
A boa vontade não é determinada por inclinações e está subordinada apenas ao dever.
Uma ação feita por dever não tem o seu valor moral na sua utilidade, mas na lei que impulsiona a ação. O dever apenas deve ser impulsionado pela lei, devendo descartar-se qualquer sinal de vontade própria, guiada por instintos, inclinações ou por ideias de “possíveis recompensas” pela realização de uma ação por dever. Para sabermos se uma vontade é moralmente boa, devemos ter em conta se essa se converte numa lei universal, caso contrário é reprovável.
É reprovável não por não atender às vontades de alguém ou por fazer mal, mas por não poder ser generalizada. Agir moralmente, é portanto, agir por dever.