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ID
2427181
Banca
IBFC
Órgão
EBSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

No acompanhamento imuno-hematológico de gestantes aloimunizadas podemos afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Muitos marcaram a E, porém a IgM não atravessa a barreira placentária, só a IgG.

    A doença hemolítica perinatal (DHPN) é caracterizada pela destruição das hemácias fetais por anticorpos da classe IgG presentes na circulação materna. Esses anticorpos, dirigidos contra antígenos eritrocitários presentes nas hemácias do feto, atravessam a barreira placentária e promovem a hemólise prematura dos eritrócitos, levando à anemia fetal (THAKRAL et al., 2010)

    FONTE: Tese de Mestrado: ''PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS IRREGULARES EM GESTANTES

    ATENDIDAS EM SERVIÇOS PÚBLICOS DA HEMORREDE DE SANTA CATARINA''. USP RP

  • A DHP caracteriza-se pela hemólise fetal, com manifestações variadas, que vão desde a anemia fetal leve até hidropsia fetal com anemia grave e icterícia e óbito fetal.

    Ela ocorre quando uma gestante RhD-negativo é exposta a sangue com células RhD-positivo, frequentemente por conta de hemorragia feto-materna.

    Segundo o Ministério da Saúde, são recomendadas as seguintes medidas que ajudam a antecipar o diagnóstico da DHP: 

    Período pré-gestacional: detecte a mulher com risco de desenvolver isoimunização materno-fetal, pela solicitação da tipagem sanguínea com definição do fator Rh. Caso se identifique fator Rh negativo, deve-se pesquisar a presença do anticorpo anti-D, por meio do teste de Coombs indireto.

    Período pré-natal: Se forem identificados anticorpos anti-D (Coombs indireto positivo), as gestantes devem ser encaminhadas ao pré-natal de alto risco, no qual se determinará a intensidade da hemólise provocada no feto e poderão ser indicados procedimentos invasivos com maior brevidade. Caso o Coombs indireto resulte negativo, ele deve ser novamente solicitado a cada 4 semanas, após a 24ª semana gestacional.

    Período pós-natal: tem o objetivo de proteger as gestações futuras. Promove-se, na gestante com Rh negativo, a pesquisa do grupo sanguíneo e do fator Rh no sangue do recém-nascido, assim como o teste de Coombs direto para verificar a presença de anticorpos maternos anti-D no seu sangue.

    Se o recém-nascido for Rh positivo e seu Coombs direto for negativo, a mãe deverá receber 300mcg de imunoglobulina anti-D nas primeiras 72 horas após o parto.

    O acompanhamento seguinte ao diagnóstico de aloimunização pode ser feito com titulação de anticorpos maternos, parâmetros ultrassonográficos fetais, parâmetros dopplervelocimétricos fetais e cardiotocografia.

    A imunoglobulina também é indicada em gestantes RhD negativo, não sensibilizadas com 28 semanas de gestação, nos casos de abortamento, gravidez ectópica, nas síndromes hemorrágicas na gestação, óbito intrauterino, após procedimento invasivo, trauma abdominal, realização de versão cefálica externa ou transfusão de sangue incompatível.