A alta taxa sangüínea pulpar permite que a concentração do fluido intersticial com substâncias contaminantes que difundem atravéas da dentina fiquem em nível bastante baixo.
Este fato foi confirmado por Pashley 1979, em estudos com cão, nos quais foram preparados dentes com cavidades classe V e I. Isótopos radioativos colocados na cavidade difundiram, rapidamente, para a polpa e dai foram removidos da circulação.
Se por qualquer razão o fluxo sangüíneo pulpar é reduzido, então a taxa de troca ou recolocação, tanto do fluido intersticial como do sangue pulpar diminuirá, resultando em um aumento da concentração do fluido intersticial pelas substâncias que estão atravessando a dentina.
Quando a concentração do fluido intersticial aumenta com substâncias injuriosas, a concentração pode ser de tal modo suficiente para provocar a degradação de mastócitos e isso resultara na liberação de histamina, substância P, produzindo a bradicinina ou prostaglandina, proteinas plasmáticas ativas incluindo os complementos, que desencadeia a reação inflamatoria.
O resultado de mediadores endógenos de inflamação é a vasodilatação arterial, elevação da pressão hidrostática capilar, aumento da passagem de proteinas plasmáticas para o interstício pulpar e aumento da pressão no tecido pulpar. Esses eventos conduzem a uma nova redução no fluxo sangüíneo pulpar que permite o aumento da concentração de produtos injuri-osos no liqüido intersticial. O fluxo sangüíneo pulpar cairá em proporção direta a qualquer aumento na pressão do tecido pulpar.