SóProvas


ID
2436328
Banca
FUNRIO
Órgão
SESAU-RO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Biomedicina - Análises Clínicas
Assuntos

O sedimento urinário é considerado anormal quando na presença do(s) seguinte(s) constituinte(s):

Alternativas
Comentários
  • A urina deve ser levada ao laboratório dentro de uma hora após ser coletada e se isso não for possível deve ser mantida sob refrigeração, pelo prazo máximo de seis horas. O primeiro jato deve ser desprezado e serve para eliminar as impurezas que possam estar na uretra. Colhe-se o jato médio (40-50 ml de urina), desprezando-se também o jato final. Os homens devem lavar e secar previamente o pênis, com gaze estéril ou toalha bem limpa, retrair inteiramente o prepúcio e urinar sem contato com a urina. As mulheres devem lavar a região genital de frente para trás, enxaguar e secar, também usando gaze estéril ou toalha limpa e, ao urinar, manter os grandes lábios da vagina afastados, de modo que a urina seja colhida sem contato com o corpo. As crianças devem colher a urina no laboratório, sempre que possível, e com cuidados especiais de assepsia. Mesmo em adultos, o ideal é colher a urina no próprio laboratório, pois quanto mais fresca estiver a amostra, mais confiáveis serão seus resultados.

  • Os valores de referência, considerados normais, são:

    Densidade da urina: os valores normais variam de 1005 a 1035, considerando-se a densidade da água pura igual a 1000. Quanto mais próxima de 1005, mais clara é a aparência da urina e quanto mais próxima de 1035, mais amarelada e com odor mais forte. Uma densidade baixa ocorre quando há uso excessivo de líquidos por via intravenosa, insuficiência renal crônica, hipotermia, aumento da pressão intracraniana e hipertensão arterial. Uma densidade alta sugere desidratação, diarreia, vômitos, febre, diabetes mellitus, glomerulonefrite, insuficiência cardíaca congestiva, etc.

    pH da urina: o pH normal da urina varia entre 5,5 e 7,0; sendo a urina mais ácida quanto menor o valor do seu pH e mais alcalina quanto maior for esse valor. A acidez da urina pode ser útil no tratamento das infecções do trato urinário, pois os micro-organismos geralmente não se multiplicam em meio ácido. O pH da urina revela a capacidade ou incapacidade dos rins de secretar ou reabsorver ácidos ou bases. Valores altos podem indicar presença de cálculos renais e infecção das vias urinárias. Valores baixos indicam perda de potássio, dieta rica em proteínas, infecção das vias urinárias, diarreias severas ou o uso de anestésicos.

    Glicose na urina: normalmente a urina não mostra presença de glicose e a ocorrência dela pode significar que os níveis sanguíneos também estão altos, seja pela presença de diabetes, seja por uma doença dos túbulos renais.

    Proteínas na urina: em situações normais, as proteínas só estão presentes em muito pequenas quantidades, que nem costumam ser detectadas. Ela ocorre em diversas doenças renais e no diabetes mellitus.

    Hemácias na urina (sangue na urina): em condições normais a quantidade de hemácias na urina é desprezível. Os valores normais da presença de hemácias são menores que 3 a 5 hemácias por campo do microscópico, ou menos que 10.000 células por mililitro. Uma quantidade maior de hemácias está presente nas hemorragias urinárias (infecções, cálculo renal, tumores, etc.). A mulher menstruada pode apresentar hemácias na urina por contaminação durante a coleta.

    Leucócitos na urina (pus na urina): a presença de leucócitos na urina costuma indicar que há alguma inflamação nas vias urinárias, mas eles podem estar presentes em várias outras situações.

    Corpos cetônicos na urina: normalmente a produção de cetonas é muito baixa e estas não estão presentes na urina. Corpos cetônicos estão presentes em pacientes diabéticos ou em casos de jejum prolongado.

  • Urobilinogênio e bilirrubina na urina: também normalmente ausentes na urina. Valores altos de bilirrubina sugerem doenças hepáticas, biliares ou neoplasias. Os recém-nascidos podem apresentar uma alta fisiológica de bilirrubina. Um urobilinogênio alto indica doenças no fígado, distúrbios hemolíticos ou porfirinúria.

    Nitritos na urina: a presença de certas bactérias na urina pode ser constatada pela transformação de nitratos em nitritos.

    Cristais na urina: a presença de cristais na urina, principalmente de oxalato de cálcio, fosfato de cálcio ou uratos amorfos, não tem nenhuma importância clínica. Outros, como cristais de cristina, magnésio, tirosina, bilirrubina, colesterol e ácido úrico costumam ter relevância clínica.

    Células epiteliais e cilindros na urina: qualquer presença de células epiteliais na urina é anormal, mas elas só têm significado clínico quando se agrupam em forma de cilindros.

    Muco na urina: a constatação da presença de muco na urina tem pouquíssima utilidade clínica.

    Ácido ascórbico (vitamina C) na urina: a presença de ácido ascórbico na urina pode alterar os resultados de detecção de hemoglobina, glicose, nitritos, bilirrubina e cetonas.

    A cor da urina normalmente é amarela clara, límpida. A turvação da urina pode indicar infecção. A presença de sangue na urina dá a ela uma cor laranja avermelhada. É um sinal de doença dos rins e do trato urinário que pode ser grave. Alguns medicamentos podem conferir à urina coloração verde, azul ou laranja escura.

  • Alternativa C

    Valor de referência para presença de leucócitos na urina é de 0-4 leucócitos por campo, no microscópio a 400x