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ID
2447017
Banca
UESPI
Órgão
UESPI
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1- O que o jogo da Baleia Azul nos ensina
ROSELY SAYÃO – FOLHA DE SÃO PAULO, 25/04/2017.
As notícias sobre o jogo da Baleia Azul provocaram diferentes reações na sociedade. Primeiramente, elas colocaram na ordem do dia as reflexões e os debates a respeito do suicídio. Sabemos que o índice de suicídio vem crescendo no mundo todo, em todas as faixas etárias, em especial entre os jovens e adolescentes.
O Brasil segue essa tendência global, e o tema costuma ser tratado como tabu, ou melhor, não costuma ser tratado. A polêmica em torno da "Baleia Azul", portanto, provocou pelo menos uma consequência produtiva. Falar sobre o suicídio, um assunto tão inquietante e espinhoso, é bem melhor do que silenciar.
São diversas as razões que nos levam a evitar conversas a respeito desse tema, mas a principal delas é o receio de colocar o suicídio em evidência para os jovens e, sem querer, apresentar essa possibilidade como uma saída para quem vive um problema –ou vários. Entretanto, o silêncio é ainda pior: é como se negássemos a existência dessa possibilidade, em vez de enfrentá-la.
Pois bem: logo após o primeiro impacto da Baleia Azul, que afetou famílias com filhos adolescentes, mudamos o jogo. Na internet, bem como nas rodas de amigos e conhecidos –presenciais e virtuais–, piadas e caricaturas do jogo começaram a mostrar uma outra face de nossas posições em relação aos mais jovens.
Primeiramente, um chinelo de dedo com a tira azul substituiu a baleia e se propagou rapidamente pela internet, sugerindo que o que os adolescentes que se aproximam de jogos perigosos precisam mesmo é de castigo para aprender a viver.
Logo após esse "meme", surgiu um outro que, no lugar da baleia, mostra uma carteira de trabalho com o texto "É dessa baleia azul que os adolescentes precisam". Curioso como a ideia de trabalho se aproxima à de castigo, não é?
Esses exemplos mostram o nosso despreparo para lidar com os adolescentes. Nós, que passamos a adolescência em um mundo com características diferentes do atual, ainda achamos que eles devem ser tratados como fomos –ou como imaginamos que fomos.
A maioria dos adultos não se lembra das angústias e inquietações que viveu nessa fase da vida e, por isso, trata com um certo desdém o sofrimento dos jovens.
Vamos relembrar: os adolescentes, no presente, sofrem uma pressão desmedida para que tenham sucesso escolar e pessoal, além de boa aparência, segundo determinados modelos; para que sejam populares; para que participem de determinados grupos sociais, e para que sejam felizes, muito felizes, porque damos "tudo o que não tivemos" a eles! E isso tudo é somado às inquietações de quem vive um momento de crise. Crescer dói, é preciso que lembremos sempre disso!
O que nossos jovens e adolescentes querem e precisam – e que pouco temos ofertado– é a nossa presença verdadeiramente interessada na vida deles.
Precisamos desenvolver empatia e compaixão pelos adolescentes: tentar trazer para nós o lugar que eles ocupam nesta época da vida para nos aproximarmos deles com intimidade, sem, porém, invadir sua privacidade; para dialogar sem moralismos; ouvir com atenção e interesse o que dizem abertamente e aprender a ler o que dizem nas entrelinhas.
"Conte comigo sempre." É essa a mensagem que cada jovem e adolescente precisa ouvir dos adultos, principalmente dos pais e professores.

No texto 1, a autora afirma que:

Alternativas
Comentários
  •  

    B) CORRETA ..." O Brasil segue essa tendência global, e o tema costuma ser tratado como tabu, ou melhor, não costuma ser tratado"

  • a tendência global é sobre o aumento do suicídio dos jovens, nao de tratar como tabu....... QUESTÃOZINHA MIXURUCA.

  • B) foi ate dificil de responder de tao mal formulada a questao.. Deveria ser anulada!

  • As notícias sobre o jogo da Baleia Azul provocaram diferentes reações na sociedade. Primeiramente, elas colocaram na ordem do dia as reflexões e os debates a respeito do suicídio. Sabemos que o índice de suicídio vem crescendo no mundo todo, em todas as faixas etárias, em especial entre os jovens e adolescentes.

    O Brasil segue essa tendência global, e o tema costuma ser tratado como tabu, ou melhor, não costuma ser tratado.

     

    B

  • Senhores,

     

    Não entendi alguns comentando que a questão é mixuruca ou que foi difícil porque foi mal formulada.

     

    Vide comentário da Raiani Stati; a resposta está no texto.

  • O pronome ESSA do segundo parágrafo não se refere ao tabu, mas ao aumento do índice de suicídios do parágrafo anterior. Questão mal elaborada!!!

  • Verdade questão mal elaborada, se as outras alternativas não tivesse fugido do contexto, bem provavel que eu classifica-se essa como errada!

  • O Brasil segue essa tendência global, e o tema costuma ser tratado como tabu, ou melhor, não costuma ser tratado. A polêmica em torno da "Baleia Azul", portanto, provocou pelo menos uma consequência produtiva. Falar sobre o suicídio, um assunto tão inquietante e espinhoso, é bem melhor do que silenciar.

    B O Brasil segue uma tendência global de tratar o tema do suicídio como um tabu;