A ativação desse músculo pode coativar a musculatura perineal. Em longo prazo, leva ao aumento no tônus do assoalho pélvico e músculos abdominais, diminuindo significativamente o risco de perda urinária. Os exercícios abdominais aumentam a pressão intra-abdominal (PIA), comprimindo vísceras e distribuindo a carga para o AP, e os aumentos na PIA afetam indiretamente a pressão sobre a bexiga urinária. Esse aumento da PIA é condição favorável para haver perda involuntária de urina em ocasiões em que as respostas da musculatura do assoalho pélvico (MAP) se encontram alteradas (1). A contração da musculatura abdominal ocorre simultaneamente à contração do AP, demonstrando ação sinérgica abdomino-pélvica de maneira voluntária ou não; Os distúrbios urinários, causados pela insuficiência da MAP, ocorrem por conta da hiperpressão abdominal. Esta é compensada por uma contrapressão do AP. No momento do aumento da PIA, os órgãos pélvicos são empurrados para o diafragma urogenital, o qual responde com uma contração para suportar essa pressão e sustentar os órgãos. A mulher que apresenta um abdominal forte reage a essa força para baixo que refletirá diretamente sobre o AP.
http://www.scielo.br/pdf/fm/v24n1/v24n1a09