No artigo "O Serviço Social na cena contemporânea. In: Serviço Social: Direitos e Competências Profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. ”, a autora enumera os seguintes desafios profissionais na contemporaneidade:
1) a exigência de rigorosa formação teórico-metodológica que permita explicar o atual processo de desenvolvimento capitalista sob a hegemonia das finanças e o reconhecimento das formas particulares pelas quais ele vem se realizando no Brasil, assim como suas implicações na órbita das políticas públicas e consequentes refrações no exercício profissional;
2) rigoroso acompanhamento da qualidade acadêmica da formação universitária ante a vertiginosa expansão do ensino superior privado e da graduação à distância no país;
3) a articulação com entidades, forças políticas e movimentos dos trabalhadores no campo e na cidade em defesa do trabalho e dos direitos civis, políticos e sociais;
4) a afirmação do horizonte social e ético-político do projeto profissional no trabalho cotidiano, adensando as lutas pela preservação e ampliação dos direitos mediante participação qualificada nos espaços de representação e fortalecimento das formas de democracia direta;
5) o cultivo de uma atitude crítica e ofensiva na defesa das condições de trabalho e da qualidade dos atendimentos, potenciando a nossa autonomia profissional.
Em sua obra “A produção teórica brasileira sobre os fundamentos do trabalho do assistente social. In: Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. São Paulo: Cortez, 2008, p. 209-333”, Marilda Vilela Iamamoto traz uma abordagem acerca da concepção do serviço social enquanto trabalho na conjuntura sociohistorica e as implicações no seio da profissão. Segundo a autora, “transitar da análise da profissão para o seu efetivo exercício agrega um complexo de novas determinações e mediações essenciais para elucidar o significado social do trabalho do assistente social – considerado na sua unidade contraditória de trabalho concreto e trabalho abstrato – enquanto exercício profissional especializado que se realiza por meio do trabalho assalariado alienado. Esta condição sintetiza tensões entre o direcionamento que o assistente social pretende imprimir ao seu trabalho concreto – afirmando sua dimensão teleológica e criadora –, condizente com um projeto profissional coletivo e historicamente fundado; e os constrangimentos inerentes ao trabalho alienado que se repõem na forma assalariada do exercício profissional.
Observe, amados colegas, que o examinador, simplesmente, reproduziu parte de outra obra de Iamamoto, na tentativa de titubear o concurseiro ansioso.
Tenho que fazer uma ressalva, diante do exposto na assertiva “A” poderíamos inferir que também se trata de um, entre outros, desafios postos ao Serviço Social. O que exime a possibilidade de anulação da questão é que o examinador utilizou a referência no enunciado da questão com o nome e ano da obra publicada. Sendo assim, não cabe extrapolar a ideia.