"O distúrbio apresenta outras peculiaridades notáveis. Uma é que, quando a criança que sofre de depressão anaclítica permanece privada de sua mãe, sem ter recebido um substituto aceitável, por um período superior a cinco meses, ocorre maior deterioração da sua condição. Descobri que, após três meses de separação, há um período de transição de mais ou menos dois meses durante o qual todos os sintomas já mencionados tomam-se mais marcantes e se consolidam. Inversamente, se durante esse período de transição a mãe retoma, a maioria das crianças recupera-se.
Não há certeza de que a recuperação seja completa; penso que o distúrbio deixa marcas que aparecerão nos anos posteriores, mas ainda não se têm provas definitivas disso." fonte: LIVRO: O primeiro ano de vida - Spitz