Questão muito difícil essa. Pensei muito e na hora de marcar ainda errei e não entendi o motivo que a letra E é a resposta certa.
Bom, pelo que entendi a questão pede uma alternativa em que a situação não reproduza aquela frase "na prática, a teoria é outra".
A letra E afirma que a dimensão não impõe a necessidade de pensá-la em conjuntos com as outras. No entanto, eu aprendi que as três dimensões (teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-político) se relacionam.
Eu marquei a alterativa C porque acho que a denúncia dessa relação seria o certo...
Boa noite, pessoal!
Atendendo o pedido de um colega deixo aqui minha contribuição.
Primeiro quero informar aos senhores que a questão foi retirada da Tese de Doutorado / UFRJ da autora Claudia Monica Santos cujo título denominou-se “Os instrumentos e técnicas: mitos e dilemas na formação profissional do assistente social no Brasil”.
A autora advoga sobre os instrumentos e técnicas na formação profissional do Assistente Social no Brasil, uma vez que constatada a lacuna existente na formação profissional oriunda da incorporação equivocada do que seja teoria e prática no materialismo histórico-dialético e da relação de unidade que as mantém. Explicita Santos (2006) “tal equívoco gera mitos na categoria profissional que deságuam em duas afirmativas recorrentes: 1) na prática a teoria é outra e 2) o movimento de “intenção de ruptura” não se viu acompanhar de um arsenal de instrumentos e técnicas próprios”.
Não tenho pretensão de reproduzir a tese aqui, é só uma ideia introdutória...rsrsrs
A não apreensão da relação teoria e prática e da relação de unidade entre as dimensões da intervenção profissional encontra-se manifesta nas seguintes posições (...):
1- Nas posições extremadas quanto ao ensino dos instrumentos: ora dando ênfase ao tecnicismo, ora considerando que um bom ensino teórico é suficiente para se apreender os instrumentos e técnicas;
2- Quando se considera que os instrumentos e técnicas são geridos de acordo com os referenciais teóricos;
3- Quando não se distingue conhecimento teórico de conhecimento procedimental;
4- Nas denúncias da forma dicotomizada de relacionar teoria e prática ou da dificuldade em se qualificar o que seja a dimensão teórico-prática na formação profissional;
5- Na denúncia da necessidade de intensificar a articulação entre as disciplinas com a prática profissional do Assistente Social;
6- Na denúncia de que é necessário situar o lugar do ensino do instrumental técnico na formação profissional e sua relação com as dimensões teórica, ética e política;
7- No fato de serem poucas as regionais que efetivamente adotam, nos programas das disciplinas voltadas para a dimensão técnico-operativa, a garantia de conteúdos que identifiquem o aparato técnico-instrumental; que cuidem do exercício de instrumentos e técnicas; que façam uma leitura crítica dos instrumentos, atualizando-os; que cuidem da operacionalização de instrumentos e técnicas e da aquisição de habilidades técnico-instrumentais.
Santos, Cláudia Mônica dos. Os instrumentos e técnicas: mitos e dilemas na formação profissional do assistente social no Brasil. – Rio de Janeiro: UFRJ, 2006