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ID
2486278
Banca
FCC
Órgão
PM-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           Prólogo da terceira edição

      A primeira edição destas Memórias póstumas de Brás Cubas foi feita aos pedaços na Revista Brasileira, pelos anos de 1880. Postas mais tarde em livro, corrigi o texto em vários lugares. Agora que tive de o rever para a terceira edição, emendei alguma coisa e suprimi duas ou três dúzias de linhas.

      O que faz do meu Brás Cubas um autor particular é o que ele chama de “rabugens de pessimismo”. Há na alma deste livro, por mais risonho que pareça, um sentimento amargo e áspero, que está longe de vir de seus modelos. Não digo mais para não entrar na crítica de um defunto que se pintou a si e aos outros, conforme lhe pareceu melhor e mais certo.

                                                                                      Machado de Assis

(Machado de Assis. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986) 

Ao assinar com seu nome o prólogo desse romance, Machado de Assis deixa ver que

Alternativas
Comentários
  • Memórias póstumas de Brás Cubas é um livro diferenciado. Nele, Brás Cubas é uma espécie de narrador-personagem, porém já morto, refletindo os passos amargos de sua vida após a morte.

    Sendo assim, o escritor da obra, Machado de Assis, e o autor fictício, Bras Cubas, são pessoas diferentes, não devendo ser confundidos. Percebe-se isso com a assinatura do Machado de Assis e o trecho " O que faz do meu Brás Cubas um autor particular....".

    gab C