Antes de analisar a questão, gostaria de enfatizar que é necessário que o aluno tenha conhecimento sobre Cuidados de Enfermagem e os Fundamentos e Procedimentos de Enfermagem. Pensando nisso, é importante reforçar que, conforme o enunciado nos orienta, as posições no leito promovem o conforto do paciente, minimizam sintomas, promovem expansão pulmonar, melhoram o acesso durante determinados procedimentos dentre outras aplicações. Pensando nesse direcionamento vamos analisar as alternativas.
A) Incorreto: A posição de Fowler consiste no leito com a cabeceira elevada aproximadamente 45º e promove a expansão pulmonar. Ressaltamos que pacientes assistidos por ventilador necessitam de avaliação individual para posicionamento. O estudo de Martinez, et al (2015) concluiu que a complacência dinâmica apresentou maior valor na posição a 30°, mas a posição de maior oxigenação foi a 0°. Não é possível afirmar que essa é a melhor angulação. Na pratica, a maioria dos pacientes são colocados em decúbito dorsal com elevação de cabeceira após avaliação individual.
B)Incorreto: A posição horizontal é utilizada para pacientes com lesões vertebrais, em tração cervical. Para facilitar o retorno venoso nos pacientes com perfusão periférica ruim é necessário elevar os membros e a posição horizontal, ou também chamada de decúbito dorsal, não favorece essa elevação.
C) Incorreto: A posição de Trendelenburg é utilizada para a drenagem postural, sendo indicada para pacientes hipotensos. A elevação dos membros inferiores é indicada para favorecer o retorno venoso.
D) CORRETO A posição de Trendelenburg reversa raramente é utilizada. Promove o esvaziamento gástrico e evita o refluxo gastroesofágico. Essa posição coloca órgãos abdominais e alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal e comumente é utilizada para cirurgias.
Gabarito do Professor: D.
Referencia
Martinez BP, Marques TI, Santos DR, Silva VS, Nepomuceno Júnior BR, Alves GA, et al. Influência de diferentes graus de elevação da cabeceira na mecânica respiratória de pacientes ventilados mecanicamente. Rev Bras Ter Intensiva. 2015;27(4):347-352