SóProvas


ID
2513746
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Salvador - BA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1.


                  Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir certos sons

                        agudos – como unhas arranhando um quadro-negro?


      Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa audição. A cóclea (parte interna do ouvido) tem uma membrana que vibra de acordo com as frequências sonoras que ali chegam. A parte mais próxima ao exterior está ligada à audição de sons agudos; a região mediana é responsável pela audição de sons de frequência média; e a porção mais final, por sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e frágeis, são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos, perdemos a capacidade de ouvir sons agudos. Quando frequências muito agudas chegam a essa parte da membrana, as células podem ser danificadas, pois, quanto mais alta a frequência, mais energia tem seu movimento ondulatório. Isso, em parte, explica nossa aversão a determinados sons agudos, mas não a todos. Afinal, geralmente não sentimos calafrios ou uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com notas agudas.

      Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão tem um número limitado e pequeno de frequências – formando um som mais “limpo”. Já no espectro de som proveniente de unhas arranhando um quadro-negro (ou de atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um número infinito delas. Assim, as células vibram de acordo com muitas frequências e aquelas presentes na parte inicial da cóclea, por serem mais frágeis, são lesadas com mais facilidade. Daí a sensação de aversão a esse sons agudos e “crus”.

                                                                                        Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282. 

O trecho “ou do atrito de isopores ou entre duas bexigas de ar” mostra

Alternativas
Comentários
  • Analisando o techo na íntegra:

    ... quadro-negro (ou de atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar)

    Os termos entre os parênteses nos dão uma ideia de alternância que pode caracterizar  o quadro-negro. Logo :

     

    b) outros exemplos do mesmo fenômeno citado. 

    Correta.

     

     

  • Matei a questão pelo conectivo "ou", que nos dá ideia de ou um, ou outro.

  • Poderia haver dúvida quando a alternativa da enumeração, mas o que dá pra perceber realmente é que são exemplos do mesmo fenômeno que é citado. O fenômeno é o espectro de som mais agudo.
  • Daniela Cunha,

    ..."som proveniente de unhas arranhando um quadro-negro (ou de atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar)..."

     

    OU  OU  aqui não é alternância (ou um ou outro). Os dois casos são adição. Tanto é que são exemplos de sons "sujos"

     

    EU POSSO COMER OVO,OU CARNE, OU FRANGO, OU PEIXE... (posso comer tudo junto e misturado)

     

    PRA FRENTE E PRO ALTO!

  • Letra B.

     

     a) uma comparação com o som produzido por unhas no quadro-negro. - A presença do "ou" indica alternativas e não comparação.

     c) uma explicação de um termo anterior. - A presença do "ou" indica alternativas e não explicação.

     d) um esclarecimento sobre um termo anterior pouco claro. - "Unhas arranhando o quadro-negro" é bem claro, porém se a alternativa dissesse "incomum" aí poderia gerar dúvida.

     e) uma enumeração de diferentes casos em relação ao anteriormente citado. - O que está entre parênteses está para exemplificar "a aversão a determinados sons agudos", o fenômeno que causa agonia aos ouvidos e não ao termo anterior "unhas arranhando...".

  • É o mesmo caso, com meios diferentes.