SóProvas


ID
2513770
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Salvador - BA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1.


                  Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir certos sons

                        agudos – como unhas arranhando um quadro-negro?


      Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa audição. A cóclea (parte interna do ouvido) tem uma membrana que vibra de acordo com as frequências sonoras que ali chegam. A parte mais próxima ao exterior está ligada à audição de sons agudos; a região mediana é responsável pela audição de sons de frequência média; e a porção mais final, por sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e frágeis, são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos, perdemos a capacidade de ouvir sons agudos. Quando frequências muito agudas chegam a essa parte da membrana, as células podem ser danificadas, pois, quanto mais alta a frequência, mais energia tem seu movimento ondulatório. Isso, em parte, explica nossa aversão a determinados sons agudos, mas não a todos. Afinal, geralmente não sentimos calafrios ou uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com notas agudas.

      Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão tem um número limitado e pequeno de frequências – formando um som mais “limpo”. Já no espectro de som proveniente de unhas arranhando um quadro-negro (ou de atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um número infinito delas. Assim, as células vibram de acordo com muitas frequências e aquelas presentes na parte inicial da cóclea, por serem mais frágeis, são lesadas com mais facilidade. Daí a sensação de aversão a esse sons agudos e “crus”.

                                                                                        Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282. 

Em São Paulo diz-se “bexigas”, enquanto no Rio de Janeiro diz-se “balões”.


Essa diferença é um exemplo de

Alternativas
Comentários
  • Regionalismo. Porque em SP há uma forma de falar e no RJ outra, sendo assim, ambas palavras são sinônimos e estão no sentido formal da língua portuguesa(Sentido denotativo).

     

     

     

    Qcom - Questão comentada

    https://www.youtube.com/watch?v=iPJZLDtHSj0

  • ''Regionalismos: expressões típicas de determinada região. Essa variedade linguística pode se manifestar na construção sintática – por exemplo, em algumas regiões se diz "sei não", em outras "não sei", mas a grande maioria dos regionalismos ocorre no vocabulário. ''

  • Diatópica :)

  • variação diatópica

  • E aqui onde eu moro fala-se "bola de assoprar"

  • e coloquial seria o que?

  • Ana Carolina, eis a diferença:

     

    LINGUAGEM COLOQUIAL -  linguagem coloquial, informal ou popular é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a observância total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação feita através de jornais, revistas e principalmente num diálogo. Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras infanto-juvenis e livros de muitos diálogos.

     

    REGIONALISMO - é, na língua, o emprego de palavras ou expressões peculiares a determinadas regiões. Em literatura, é a produção literária que focaliza especialmente usos, costumes, falares e tradições reg​ionais.

     

    Gabarito: C

  • Variações diatópicas

    Representam as variações que ocorrem pelas diferenças regionais. As variações regionais, denominados dialetos, são as variações referentes a diferentes regiões geográficas, de acordo com a cultura local. Um exemplo deste tipo de variação é a palavra “mandioca” que, em certos lugares, recebe outras denominações, como “macaxeira” e “aipim”. Nesta modalidade também estão os sotaques, ligados às marcas orais da linguagem.

  • Nível 1: Norma culta/padrão

    Como sabemos, cada língua possui sua estrutura e muitas delas possuem um conjunto de regras responsável pelo funcionamento dos elementos linguísticos. Esse conjunto de regras é conhecido como gramática normativa. Nela, os usuários da língua encontram a norma-padrão de funcionamento da língua chamada de “padrão ou culta”, a qual deve, ou pelo menos deveria, ser de conhecimento e acessível a todos os falantes da mesma comunidade linguística.

    Utilizar a norma culta da língua portuguesa, por exemplo, não significa comunicar-se de maneira difícil e rebuscada. Embora à língua padrão seja atribuído certo prestigio cultural status social, o uso da linguagem culta está menos relacionado à questão estética e muito mais associado à sua democratização, já que esse é o nível de linguagem ensinado nas escolas, nos manuais didáticos, cartilhas e dicionários das línguas etc.

    Nível 2: Linguagem coloquial/informal/popular

    linguagem coloquial é aquela utilizada de maneira mais espontânea corriqueirapelos falantes. Esse nível de linguagem não segue a rigor todas as regras da gramática normativa, pois está mais preocupado com a função da linguagem do que com a forma. Ao utilizar a linguagem coloquial, o falante está mais preocupado em transmitir o conteúdo da mensagem do que como esse conteúdo vai ser estruturado.

    De maneira geral, os falantes utilizam a linguagem coloquial nas situações comunicativas mais informais, isto é, nos diálogos entre amigosfamiliares etc.

    Nível 3: Linguagem regional/regionalismo

    linguagem regional está relacionada com as variações ocorridas, principalmente na fala, nas mais variadas comunidades linguísticas. Essas variações são também chamadas de dialetos. O Brasil, por exemplo, apresenta uma imensa variedade de regionalismos na fala dos usuários nativos de cada uma de suas cinco regiões.

    Nível 4: Gírias

    gíria é um estilo associado à linguagem coloquial/popular como meio de expressão cotidiana. Ela está relacionada ao cotidiano de certos grupos sociais e podem ser incorporadas ao léxico de uma língua conforme sua intensidade e frequência de uso pelos falantes, mas, de maneira geral, as palavras ou expressões provenientes das gírias são utilizadas durante um tempo por um certo grupo de usuários e depois são substituídas por outras por outros usuários de outras gerações. É o caso, por exemplo, de uma gíria bastante utilizada pelos falantes nas décadas de 80 e 90: “chuchu, beleza”, mas que, atualmente, está quase obsoleta.

    Nível 5: Linguagem vulgar

    linguagem vulgar é exatamente oposta à linguagem culta/padrão. As estruturas gramaticais não seguem regras ou normas de funcionamento. O mais interessante é que, mesmo de maneira bem rudimentar, os falantes conseguem compreender a mensagem e seus efeitos de sentido nas trocas de mensagens. Podemos considerar a linguagem vulgar como sendo um vício de linguagem. Veja alguns exemplos bastante recorrentes em nossa língua:

    “Nóis vai”

    “Pra mim ir”

    “Vamo ir”

    mundoeducacao.bol.uol

  •  só sei que... o certo é bolacha, e não biscoito!

  • Ta, mas o que o texto sobre "Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir certos sons agudos – como unhas arranhando um quadro-negro" está nessa questão?

  • AIPIM = MANDIOCA = MACAXEIRA  ( REGIONALISMO )

  • Aqui chamam de "bola" - Regionalismo.

  • Variação diatópica

    linguagem geográfica ou regional

  • Mas que é biscoito, é!

  • Chama de "bislacha" que não tem erro...hehe

  • São Paulo é uma região, Rio de janeiro é outra.

    Pronto!

  • Não agrega nada, mas ontem, à noite, estava lendo um livro para minha filha de 4 anos e o texto trazia a palavra 'bexigas'. E somos do Rio. Ela disse: 'balão, né, papai?!'. É isso aí. Era um aviso... rs.

  • o mesmo que: TANGERINA - MEXERICA - BERGAMOTA

  • no Ceará Bola de aniversário