ID 2515300 Banca COMPERVE Órgão UFRN Ano 2015 Provas COMPERVE - 2015 - UFRN - Farmacêutico Bioquímico - UFRN Disciplina Medicina Assuntos Hematologia O uso de mesilato de imatinibe tem como principal indicação o tratamento de Leucemia Mielóide Crônica. Entretanto, também está indicado no tratamento de Alternativas Leucemia Promielocítica Aguda na presença da translocação PML-RARA. Leucemia Linfóide Aguda na presença da translocação Philadelphia. Leucemia Linfóide Aguda na presença da translocação entre os cromossomos 8 e 14 . Leucemia Mielóide Aguda na presença da translocação AF4-MLL. Responder Comentários Mecanismo de ação O imatinibe é uma pequena molécula inibidora da proteína tirosina-quinase que inibe fortemente a atividade da tirosina quinase (TK) Bcr-Abl, bem como em diversos receptores TKs: KIT, o receptor do fator de célula tronco (SCF), codificado pelo proto-oncogene KIT, os receptores do domínio de discoidina (DDR1 e DDR2), o receptor do fator estimulante de colônia (CSF-1R) e os receptores alfa e beta do fator de crescimento derivado de plaqueta (PDGFR-alfa e PDGFR-beta). Imatinibe também pode inibir eventos celulares mediados pela ativação desses receptores quinases. Farmacodinâmica O imatinibe inibe fortemente o ponto de quebra da região Abelson (Bcr-Abl) da proteína tirosinoquinase, seja in vitro, em nível celular ou in vivo. O composto inibe seletivamente a proliferação e induz a apoptose em linhagens celulares Bcr-Abl positivas bem como em células leucêmicas novas de pacientes com LMC cromossomo Philadelphia (Ph) positivo e leucemia linfoblástica aguda (LLA). Em ensaios de transformação de colônias celulares utilizando amostras ex vivo de sangue periférico e medula óssea, o imatinibe induz a inibição seletiva de colônias Bcr-Abl positivas de pacientes com LMC. In vivo, o composto demonstra atividade anti-tumoral como agente único em modelos animais utilizando células tumorais Bcr-Abl positivas. Adicionalmente, o imatinibe é um inibidor potente dos receptores da tirosinoquinase para o fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF) e fator estimulante das células germinativas pluripotentes (SCF), o KIT, e inibe os eventos celulares mediados pelos PDGF e SCF. In vitro, o imatinibe inibe a proliferação e induz a apoptose das células tumorais do estroma gastrointestinal (GIST), as quais expressam uma mutação de ativação do KIT. O imatinibe inibe a sinalização e a proliferação de células guiadas pelo PDGFR desregulado, Kit e pela atividade da ABL quinase.