SóProvas


ID
2516416
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Salvador - BA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1


                       BELEZA COMO MANDAMENTO


Posso falar de arte e artistas outra vez? Tenho afeição pelo tema. Espero que, em algum lugar aí no Brasil, haja leitores e leitoras, mesmo poucos, que se interessem pela figura singular e tão fundamental do artista. Ou quem sabe se dou sorte e há um ou outro artista aí fora, extraviado nesta coluna?

[....] Sempre me pareceu que o artista verdadeiro sacrifica qualquer “conteúdo”, qualquer “coerência”, por uma bela frase, por um belo gesto, por um belo efeito plástico ou cênico. Como dizia Oscar Wilde, “coerência é a virtude dos que não têm imaginação”. Dos não artistas, portanto.

O que distingue o artista é a busca incondicional pela beleza, em detrimento da verdade, do equilíbrio, do bom senso, da ética, da saúde e até da própria vida. Além disso, leitor, o artista é frequentemente um pobre ser ameaçado, com instalação precária no mundo. E, se faz concessões, corre o risco de se desvirtuar, de perder o rumo.

Assim, o artista precisa sacrificar, ou deixar em segundo plano, a verdade e a moral. A objetividade e os bons princípios são temas para outros tipos humanos, para o cientista e para o sacerdote, respectivamente. [....] Quando um artista migra para outros terrenos (ciência, moral, filosofia, pensamento social, crítica literária), o que acaba dominando, em última análise, é a expressão da beleza. Para o verdadeiro artista, a beleza é o único mandamento. Para o bem e para o mal, ela interfere o tempo todo. E a obra artística resvala para a mentira, para o engano, para a fabulação. Tangencia a imoralidade, o crime, a perversão.

                            (Paulo Nogueira Batista Jr., O Globo, 04/08/2017 – adaptado) 

No primeiro parágrafo, o texto 1 fala de “um ou outro artista aí fora, extraviado nesta coluna?”.


Nesse caso, os artistas estariam “extraviados” porque

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe explicar o gabarito?

  • Entendi nada rs

  • Errei, marquei a letra C. Porém, reavaliando a questão, percebi que a alternativa certa é mesmo a letra A. Nota-se pelo inicio do texto que arte e artista não são temas habituais da coluna, por isso o pedido de licença para abordar tal assunto, sendo assim, caso houvesse algum leitor/artista esse seria atípico, incomum, validando dessa forma o uso do termo "extraviado".

  • O texto refere-se ao artista:

    Posso falar de arte e artistas outra vez? Tenho afeição pelo tema. Espero que, em algum lugar aí no Brasil, haja leitores e leitoras, mesmo poucos, que se interessem pela figura singular e tão fundamental do artista. Ou quem sabe se dou sorte e há um ou outro artista aí fora, extraviado nesta coluna?

    [....] Sempre me pareceu que o artista verdadeiro sacrifica qualquer “conteúdo”, qualquer “coerência”, por uma bela frase, por um belo gesto, por um belo efeito plástico ou cênico. Como dizia Oscar Wilde, “coerência é a virtude dos que não têm imaginação”. Dos não artistas, portanto.

    O que distingue o artista é a busca incondicional pela beleza, em detrimento da verdade, do equilíbrio, do bom senso, da ética, da saúde e até da própria vida. Além disso, leitor, o artista é frequentemente um pobre ser ameaçado, com instalação precária no mundo. E, se faz concessões, corre o risco de se desvirtuar, de perder o rumo.

    Assim, o artista precisa sacrificar, ou deixar em segundo plano, a verdade e a moral. A objetividade e os bons princípios são temas para outros tipos humanos, para o cientista e para o sacerdote, respectivamente. [....] Quando um artista migra para outros terrenos (ciência, moral, filosofia, pensamento social, crítica literária), o que acaba dominando, em última análise, é a expressão da beleza. Para o verdadeiro artista, a beleza é o único mandamento. Para o bem e para o mal, ela interfere o tempo todo.

     

    Nesse trecho ele fala de Arte:

    E a obra artística resvala para a mentira, para o engano, para a fabulação. Tangencia a imoralidade, o crime, a perversão. 

                                (Paulo Nogueira Batista Jr., O Globo, 04/08/2017 – adaptado)

  • A questão quer saber porque os artistas lendo está coluna estariam "extraviados" ou seja, em uma coluna que não era para atrair artistas.

    Imagine o que um aluno de matemática está fazendo em uma sala de aula de direito penal? Ele está extraviado, mas por que está extraviado? Porque ali não é tratado assuntos de matemática.

    Gabarito - A.

  • http://www.dicionarioinformal.com.br/extraviado/

  • Quer dizer que um engenheiro só pode se interessar por colunas de tecnologia? ... rs

     

    Errei porque achei estranha essa parte "temas de forma de diferente", se tivesse: "aborda diferentes temas". Com certeza teria marcado essa opção.

  • Marquei a d por causa do trecho  "mesmo poucos, que se interessem pela figura singular e tão fundamental do artista." isso, para mim, demostra que o autor acredita que os leitores não gostam de arte, acho que a banca quis armar uma armadilha aqui. Deveria ter separado essa para analisar depois, após dar uma olhada melhor na letra a. Realmente, isso pode ser considerado extrapolação.

     

    Eu devia ter desconfiado, em textos curtos, como esse, a banca FGV gosta de explorar detalhes mínimos do texto como aqueles comentados pela MICHELLE PEREIRA .

  • "Posso falar de arte e artistas outra vez?"

     

    a)o colunista não deve tratar de temas relacionados à arte. 

    Pode não ser habitual, mas em algum momento ele já tratou desse tema, se não por que OUTRA VEZ?

    Não concordo com o gabarito.

  • pensei, pensei, pensei e nõ sai do lugar. estou duvidando da minha sanidade mentão, neste momento 

     

  • Posso falar de arte e artistas outra vez? Tenho afeição pelo tema. 

    Não entendi o Gab :(

  • a banca fez uma pegadinha quando colocou que a: coluna aborda temas de forma diferente. A coluna aborda temas diferentes e não temas de forma diferente.

    o termo extraviado: significa desviado do caminho, perdido, ou seja não erá comum a coluna abordar o tema proposto! 

  • Michelle Pereira: vc mesma falou :

     "sendo assim, caso houvesse algum leitor/artista esse seria atípico, incomum, validando dessa forma o uso do termo "extraviado". "

     

    O  uso do termo está validado nas  letras    A  e  C

    o colunista não deve tratar de temas relacionados à arte. ( MAS QUEM SABE SE  NÃO APARECE  UM ARTISTA ? )

     

    o acaso pode levar alguns artistas a gostarem da coluna.(POR SORTE PODE APARECER UM ARTISTA)

     

    É ASSIM QUE ENTENDO,

    PRA FRENTE E PRO ALTO!

     

     

  • Gabarito: A

    Relendo a questão, que achei bastante polêmica, se prestarmos atenção ao verbo DEVER (que pode ter o sentido de dívida ou obrigação), a resposta fica mais clara:

    A) o colunista não deve tratar de temas relacionados à arte. 

    Reescrevendo: o colunista não é obrigado a (não tem a obrigação de) tratar de temas relacionados à arte. 

     

     

  • Alternativa A era a única que eu tinha certeza que estava errada Kkkk Pelo mesmo motivo de todo mundo - o começo do texto. Porém, o comentário da Cris TiroCerto me fez entender:

     

    A questão quer saber porque os artistas lendo está coluna estariam "extraviados" ou seja, em uma coluna que não era para atrair artistas.

    Imagine o que um aluno de matemática está fazendo em uma sala de aula de direito penal? Ele está extraviado, mas por que está extraviado? Porque ali não é tratado assuntos de matemática"

    (grifo meu). 

  • "Posso falar de arte e artistas outra vez?"

    Realmente, parece que ele não deve tratar do tema, né FGV? Tá de brincadeira.

  • Ao meu ver os artista estariam extraviado pelo fato de serem artista de falarem de arte ( tem pouco valor),  porque  conforme o texto,  o artista é frequentemente um pobre ser ameaçado, com instalação precária no mundo. E, se faz concessões, corre o risco de se desvirtuar, de perder o rumo.

    Eu cheguei a essa conclusão ..... 

    Extraviado: Errante do caminho perdido. Gabarito letra A

  • meu pai

  • Alguém consegue chegar a pelo menos 60% de acertos nas provas de Português dessa banca?! Só Jesus na causa!!!

  • Brincadeira! Banca tosca!

  • Viviane, nesta prova acertei 5 de 15, respondendo no QC, imagina respondendo na hora da prova aplicada?!?

    Mas nada de desanimar!!!

  • Acertei por causa de um pensamento: Quando ele diz que: poucas pessoas se interessam pela figura do artista (entendi que estava querendo dizer que, por isso ele quase não escreve sobre isso, afinal um colunista quer que sua coluna seja lida, logo escreverá sobre o que interessa à população). 

    E aí ele diz: "Ou quem sabe se dou sorte e há um ou outro artista aí fora, extraviado nesta coluna?". Ou seja quando ele questiona se tem algum artista perdido lendo a coluna dele é porque ele afirma novamente que não costuma falar de assuntos que interessam o artista, ou seja, pouco fala de arte. E aí vem a resposta de que "o colunista não deve tratar de temas relacionados à arte."

     

    Olha, confesso que estou desde as 11:30 da manhã respondendo questões de português da FGV. Já são 01:19 da madrugada. Estava errando absolutamente todas. Acho que o segredo é resolver todas as questões possíveis para entender como esse examinador pensa. Além disso, quando eliminar três questões e ficar só com duas questões que é o que acontece comigo, ir na mais errada. Essa será a certa para a FGV. 

  • ex·tra·vi·a·do |eis| ou |es| 

    adjetivo

    1. Errante, perdido (do bom caminho).

    2. [Figurado]  Desgarrado, perdido; saído da senda da virtude.


    "extraviado", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/extraviado [consultado em 06-07-2018].

  • indiquem para comentário

  • Os examinadores de Lingua portuguesa da FGV tem por formação filosofia e sociologia 

    Talvez isso seja a única razão desses gabaritos insanos desconexos de um sentido textual. Com subjetividade, ou quem sabe com intenções obscuras 

  • Na realidade ele fala sobre artista. A confusão é a pergunta inicial. Tem que ter muita atenção !!!!!! Agora na hora da prova é o bicho.

  • Galera, cuidado com a viagem na maionese!

    na Fgv o que mais tem é isso. Essa banca é complicada.

    Vamos lá.

    O texto começa assim: Posso falar de artes e artistas outra vez?

    Uma pergunta aos leitores. isso nos faz inferir que o autor não costuma falar sobre o assunto.Já falou em algum momento, porem não é de costume.

    No final do paragrafo ele fala em ter uma eventual sorte de encontrar ALGUM LEITOR que, apesar de estar lendo uma coluna que não costuma falar de arte, se interesse pelo assunto ou seja um artista " desviado"

    sendo assim, a alternativa A faz sentido.

  • Professor do QC vem comentando todas as questões desse período. Aí, chega numa questão dessas, com maioria errando e a gente fica no vácuo.

  • cuestão nula

  • Extraviado no sentido de deslocado.

    1º paragráfo: Posso falar de arte e artistas outra vez? Tenho afeição pelo tema.... ("pede permissão", porque não costuma escrever para esta coluna)

    um ou outro artista aí fora, extraviado nesta coluna?” (outro artista que também não costuma ler esta coluna, por isso, extraviado/deslocado)

  • Reformulando a questão: o colunista não COSTUMA tratar de temas relacionados à arte.

  • Fico pensando........................

    Estes alunos que explicam as questões, Deus o abençoe cada um de vocês !

  • "Posso falar de arte e artistas outra vez?"

    Quantas vezes ele já falou sobre o tema anteriormente? Uma? Duas? 384 mil? Como que a banca pode cravar algo desse tipo? O pensamento do Elaborador é que tínhamos que conhecer o autor e sua coluna.

  • vou reformular a resposta do nobre colega Tiro Certo conforme eu entendi.

    imagine vc em uma aula de Dir Penal( matéria que supostamente deveria ser lecionada) e o professor tem um convidado palestrante que comece a falar do gosto dele por matemática, e pergunta ao público se tem algum extraviado ( alguém que gosta de matemática, mas cursa direito)

    Obs: também errei, marquei D

    resposta A