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ID
2517373
Banca
FCC
Órgão
POLITEC - AP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Agentes químicos possuem diferentes mecanismos de atuação, podendo ter ação cáustica ou sistêmica. Em relação à coleta de amostras para exame toxicológico nos exames necroscópicos na suspeita de intoxicação ou envenenamento,

Alternativas
Comentários
  • Certa A: as amostras de vísceras não devem ser armazenadas em formol. 

  • a)as amostras de vísceras não devem ser armazenadas em formol. Formol é para exame Histopatológico (tecidos). Gab.

     b)o sangue deve ser coletado em frasco contendo substância formolizada para evitar a coagulação da amostra. Formol é para exame Histopatológico (tecidos).

     c)o estômago deve ser esvaziado para realização do exame toxicológico em amostra da mucosa gástrica. Colhe-se geralmente uma porção do conteúdo estomacal e/ou todo estomago (gastrectomia total) SEM conservantes e acondiciona-se na geladeira.

     d)a pesquisa de substâncias voláteis não é realizada, pois elas se volatizam entre a coleta da amostra e a realização do exame laboratorial, o que impede a realização das análises laboratoriais. Geralmente realiza-se a dosagem de substâncias voláteis, alcoolemia, por exemplo.

     e)as amostras devem ser armazenadas à temperatura ambiente. Para exames toxicológicos de rotina, em regra, refrigera-se as amostras (sangue, humor vítreo, urina, conteúdo gástrico, víceras e outros SEM FORMOL).

  • No tocante à necropsia dos envenenados não se pode realizar nenhum tipo de reação química sobre o cadáver. FRANÇA elenca as “Recomendações do Departamento de Polícia Técnico-Científica de Santa Catarina para a investigação de elementos tóxicos desconhecidos. “1. Materiais: Frascos de plástico de boca larga para amostras sólidas e frascos de vidro para amostras líquidas. 2. Amostras: a) Conteúdo estomacal: deve ser enviado todo e em frasco de plástico de boca larga. b) Sangue: amostra de 30 ml sem conservante. A amostra deve ser enviada em frasco de vidro. c) Urina: toda urina disponível deve ser enviada e preservada com fluoreto de sódio a 1% em frasco de vidro. d) Fígado: uma amostra de aproximadamente 250 g enviada sem meios preservativos e em frascos de plástico de boca larga. A vesícula biliar deve ser retirada antes e enviada separada. e) Bile: deve ser retirada e enviada como item separado em frasco de plástico de boca larga, pois ela é particularmente útil quando das mortes devido a compostos de morfina. f) Cérebro: parte do cérebro deve ser colocado em frasco de plástico de boca larga e é muito importante na investigação das mortes por barbitúricos e cianetos, mesmo alguns dias após a morte. g) Pulmão: deve ser enviado em frasco de plástico de boca larga e bem fechado, pois é muito valioso quando das mortes provocadas por inalação de drogas anestésicas e cocaína. h) Rins: sempre que possível um rim inteiro, coletado e armazenado em frasco de plástico de boca larga. i) Outros tecidos: nos casos de suspeita de envenenamento crônico por metais pesados devem ser colhidas amostras de cabelo, unhas e ossos e, quando a suspeita for de inalação de cocaína, colher material do muco nasal. (...) Recomendações: a) Não usar formol para conservação do material, a não ser quando for para uso anatomopatológico. b) Colher o material o mais rápido possível para evitar os fenômenos putrefativos, pois eles interferem com reações e podem desaparecer em certas substâncias. c) Enviar o material sempre que possível em caixa com gelo. d) Evitar mandar amostras juntas. e) Em caso de demora do encaminhamento do material, mantê-lo em freezer ou congelador. f) Nos casos de doentes hospitalizados, cuja morte se dá muitos dias após o internamento, valorizar os registros médicos do seu ingresso e as manifestações e as complicações secundárias do exame anatomopatológico, como os de origem encefálica, neurológica e renal. g) Todo material enviado para exame toxicológico deve ser encaminhado em vidros lacrados e rubricados, acompanhado de relatório hospitalar ou médico-legal para o setor toxicológico. h) Os frascos utilizados para esse fim devem ter uma capacidade de 500 a 2.000 ml, boca larga, de plástico ou de vidro, com rolhas esmerilhadas, e rigorosamente limpos e assépticos.” FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 323 e 324.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A