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A teoria culturológica é uma teoria da comunicação criada na década de 1960, principalmente a partir da obra de Edgar Morin "Cultura de massa no século XX: o espírito do tempo".[1]
Esta teoria parte de uma análise da teoria crítica, segundo a qual a mídia seria o veículo para a alienação das massas. Os culturólogos, por seu lado, vêem a culturacomo uma fabricação dos mídia, fornecendo às massas aquilo que elas desejam: uma informação transformada por imagens de grande venda e uma arte produzida na óptica da indústria, ou seja, massificada e vendida pela mídia como se fosse uma imagem da realidade em que as pessoas vivem.
Segundo eles, a cultura nasce de uma forma de sincretismo, juntando a realidade com o imaginário.
(Wikipedia)
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Escola Francesa
Na Escola Francesa, a “Teoria Culturológica” teve início nos anos 60 com a publicação da obra “Cultura de Massas no século XX” do antropólogo, sociólogo e filósofo francês Edgar Morin (1921). Os estudos de Morin focaram na Industrialização da Cultura e, portanto, foi ele quem introduziu o conceito de Indústria Cultural.
Roland Barthes (1915-1980), sociólogo, semiólogo e filósofo francês, contribuiu na “Teoria Culturológica” por meio de estudos semióticos e estruturalistas. Ele realizou análises semióticas das propagandas e revistas, focado nas mensagens e no sistema de signos linguísticos envolvidos.
Georges Friedmann (1902-1977) foi um sociólogo francês marxista, um dos fundadores da “Sociologia do Trabalho”, abordou sobre os aspectos dos fenômenos de massa desde sua produção e consumo, apresentando assim, as relações do homem e das máquinas nas sociedades industriais.
O sociólogo e filósofo francês Jean Baudrillard (1929-2007) contribuiu com seus estudos na “Escola Culturológica”, abordando aspectos da sociedade de consumo, desde o impacto da comunicação de massa na sociedade, donde os indivíduos estão inseridos numa realidade construída, denominada de “realidade virtual” (hiper-realidade).
Louis Althusser (1918-1990), filósofo francês de origem argelina, contribuiu para a “Escola Culturológica” com o desenvolvimento de estudos sobre os aparelhos ideológicos de Estado (mídia, escola, igreja, família), os quais são formados através da ideologia da classe dominante relacionados com a coerção direta dos instrumentos repressivos do Estado (polícia e o exército). Na teoria da comunicação analisa os aparelhos ideológicos do Estado (AIE) de informação, ou seja, a televisão, o rádio, a imprensa, dentre outros.
Pierre Bourdieu (1930-2002) foi um sociólogo francês, importante nos estudos dos fenômenos midiáticos sobretudo em sua obra “Sobre a Televisão” (1997) donde critica a manipulação da mídia, nesse caso, no campo jornalístico, o qual veicula as mensagens do discurso televisivo em busca de audiência. Segundo ele, “A tela de televisão se transformou hoje numa espécie de espelho de Narciso, num lugar de exibição narcísica.”
Michel Foucault (1926-1984), filósofo, historiador e filólogo francês desenvolveu o conceito de "panóptipo", ou seja, um dispositivo de vigilância ou mecanismo disciplinar de controle social, donde a tevê é considerada um “panóptipo invertido”, ou seja, ela inverte o sentido da visão, ao mesmo tempo que organiza o espaço e controla o tempo.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/teorias-da-comunicacao/
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Só destrinchando brevemente as opções e corrigindo uma informação dada pelo Jornalista Concurseiro:
a- sociólogo francês Roland Barthes.
Semiologia. Não se relaciona com esse conceito.
b- filósofo marxista Georges Friedmann.
Apesar de ser contemporâneo a Morin, não é estudado pelo campo da Comunicação, relaciona-se mais com a Sociologia. Não se relaciona com esse conceito.
c- sociólogo belga Jean Baudrillard.
Primeiramente, Baudrillard é francês e se fosse enquadrá-lo em uma Teoria ou Paradigma da Comunicação, o que é uma tarefa bem difícil, estaria entre os pós-estruturalistas e/ou uma quarta geração da Teoria Crítica. Não se relaciona com esse conceito.
d-filósofo argelino Louis Althusser.
Não se relaciona com esse conceito.
e-antropólogo francês Edgar Morin.
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GAB E
Luís Mauro Sá Martino, escreve nas págs. 144/145, de Teoria da Comunicação:
Essa expressão [Espírito do Tempo], usada com certa ironia por Edgar Morin como título de um dos seus estudos dediciados à cultura de massas como O Espírito do Tempo, publicado originalmente em 1965. No Brasil, ganhou o título de Cultura de Massas no Século XX, próximo do seu conteúdo, mas distante da fina referência do título [expressão do filósofo Hegel].
(...)
Morin não vincula a indústria cultural exclusivamente ao capitalismo, mas a qualquer sistema onde a produção da cultura esteja diretamente controlada por diretrizes externas à criação (...). A cultura de massa, para o autor, é parte da mentalidade do século 20, não de um regime econômico específico..
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Li DN,
Louis Althusser é sim estudado pelo campo da Comunicação. A contribuição dele aos estudos de Comunicação se deu, sobretudo, a um de seus conceitos mais conhecidos, a noção de Aparelhos Ideológicos do Estado. E a mídia e a cultura, para ele, são dois desses aparelhos. Por fim, apesar de precária, a análise dele teve (e ainda tem) influência nos estudos de mídia.
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A Teoria Culturológica é uma
teoria da Escola Francesa e que surgiu na década de 1960, a partir da
publicação da obra “Cultura de massa no século XX: o espírito do tempo", de
Edgar Morin. Seus estudos baseiam-se na cultura de massa, nos meios de
comunicação (cujo propósito, segundo essa linha de estudos, é divulgar esta
cultura) e em como esses influenciam o modo de vida e consumo dos receptores e
constroem o imaginário coletivo.
Com base nessa explicação, vamos
analisar as alternativas:
A) ERRADO. O foco do estudo de Roland
Barthes foi a semiótica e a análise semiológica dos produtos culturais.
B) ERRADO. O filósofo Georges
Friedmann estudou a organização do trabalho na sociedade industrial.
C) ERRADO. O sociólogo Jean
Baudrillard fez análises da produção, das trocas e do consumo de símbolos e
signos.
D) ERRADO. O filósofo Louis
Althusser buscou definir os mecanismos de criação e transmissão do senso comum e
das ideologias das classes dominantes.
E) CERTO
Gabarito do professor: Letra E.
Fonte:
- Silva, Luiza Mylena Costa.
Descrição da Teoria Culturológica. Universidade Federal de Santa Catarina.
2012.