I - Em 2002, o Brasil ocupava a 13ª posição no ranking global de economias medido pelo PIB em dólar, segundo dados do Banco Mundial e FMI. Chegou a ser o 6º em 2011, desbancando a Grã-Bretanha, mas voltou a cair. Em 2016 a 9ª maior economia do mundo de acordo com esse indicador, que sofre grande influência do câmbio - e, portanto, foi bastante afetado pela desvalorização do real. Em 2016 a participação brasileira no comércio internacional ficou em torno de 1%, o Brasil está se transformando em um anão do comércio mundial.
II - Hemisfério Sul – nele com destaque nosso subcontinente – é, nada mais, nada menos - do que o espaço privilegiado de expansão do capitalismo brasileiro, espaço no qual as grandes empresas nacionais poderão atuar, e onde já atuam, com sucesso e proveito. O instrumento exemplar da integração sul-americana e de nossa liderança é o Mercosul: desde sua criação (1991), as exportações brasileiras cresceram nada menos que 12 vezes, sendo que cerca de 90% dessas exportações são de produtos manufaturados. Para os países do bloco, exportamos nossos bens industriais, e não apenas soja e laranja.
III - O chamado boom das commodities começou por volta de 2004 e o Brasil soube surfar na onda do aumento de demanda e preços. As exportações para a China, por exemplo, aumentaram mais de 500% entre 2005 e 2011. Foi um período de bom crescimento do PIB brasileiro, mesmo com a crise mundial de 2008. Importadora voraz de matérias primas brasileiras, a China tem nos bens industrializados o carro-chefe das exportações para o Brasil. Enquanto isso a indústria brasileira vem perdendo espaço, sistematicamente, ao longo de décadas.