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ID
2536774
Banca
MPE-GO
Órgão
MPE-GO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      “O termo serenidade costuma estar associado a mais de um significado, sendo que o primeiro deles tem a ver com a capacidade de lidar com docilidade e tolerância com as situações mais adversas. Muitas vezes perdemos a serenidade quando nos sentimos pressionados por expectativas que nós mesmos produzimos em relação aos nossos projetos; é preciso cautela para que nossos planos não se transformem em fontes de tensão. Os que fazem planos mais realistas sofrem menos e se aproximam mais da serenidade.

      A serenidade corresponde a um estado de espírito no qual nos encontramos razoavelmente em paz, conciliados com o que somos e temos, com nossa condição de humanos falíveis e mortais. É claro que isso depende de termos atingido uma razoável evolução emocional e mesmo moral: não convém nos compararmos com as outras pessoas, não é bom nos revoltarmos com o fato de não sermos exatamente como gostaríamos: conformados com nossas limitações, podemos usufruir das potencialidades que temos.

      O momento presente é sempre uma ficção: vivemos entre as lembranças do passado e a esperança de acontecimentos futuros que buscamos alcançar. A regra é que estejamos indo atrás de objetivos, perseguindo-os com mais ou menos determinação. A maior parte das pessoas sente-se mal quando está sem projetos, apenas usufruindo dos prazeres momentâneos que suas vidas oferecem. Somos pouco competentes para vivenciar o ócio. Essa condição emocional que os filósofos antigos consideravam como muito criativa é algo gerador de um estado de alma que chamamos de tédio.

      De certa forma, fazemos tudo o que fazemos a fim de fugir do ócio e do tédio que o acompanha. Mesmo nos períodos de férias temos que nos ocupar. Por outro lado, perseguir objetivos com obstinação e aflição de alcançá-los o quanto antes também subtrai a serenidade. Assim, perdemos a serenidade quando andamos muito devagar, perto da condição do ócio, que traz o tédio e a depressão, e também quando nos tornamos angustiados pela pressa de atingirmos nossas metas. Mais uma vez, a sabedoria, a virtude, está no meio, naquilo que Aristóteles chamava de temperança: cada um de nós parece ter uma velocidade ideal, de modo que, se andar abaixo dela, tenderá a se deprimir, ao passo que, se andar acima dela, tenderá a ficar ansioso. Interessa pouco comparar nossa velocidade com a dos outros, visto que só estaremos bem quando estivermos em nosso ritmo, qualquer que seja ele ”.

(Adaptado de Flávio Gikovate).

O segmento destacado está corretamente substituído pelo que se encontra entre parêntese em:

Alternativas
Comentários
  • a) ... conformados com nossas limitações ...(à sermos limitados). ERRADO. Não se usa crase antes de VERBO.

     

    b) A serenidade corresponde a um estado de espírito ...(à uma condição psicológica). ERRADO. Não se usa crase antes de artigo indefinido.

     

    c) O termo serenidade costuma estar associado a mais de um significado...(à significados diversos). ERRADO. Não se usa crase antes de palavra masculina e ainda plural. Neste caso caberia AOS.

     

    d)...não convém nos compararmos com as outras pessoas...( às outras pessoas). CORRETO. O termo 'às' está ligado a PESSOAS. (Podemos fazer um teste para verificar a presença do ARTIGO+ PREPOSIÇÃO: aos outros indivíduos)

     

    e)  ... se andar abaixo dela, tenderá a se deprimir ...(à depressões). ERRADO. "A" no singular + palavra no plural ==> "crase nem a pau", pois falta o artigo "a".

  • LETRA "D"

     

    d) ...não convém nos compararmos com as outras pessoas. ( às outras pessoas)

     

    QUEM SE COMPARA SE COMPARA A ALGO ! PREPOSIÇÃO "A"+ ARTIGO "A"        CRASE HAVERÁ !

    Basta trocar a palavra outras por outros, se ficar AOS então cabe a crase !

    Ex: não convém nos compararmos AOS outros, então no caso de outras usa-se crase !

     

    Espero que tenham entendido minha explicação rsrsrs