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ID
2537524
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
UPE
Ano
2017
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Mulher de 49 anos de idade, procedente de Recife, tabagista, sem relato de outras comorbidades compareceu ao serviço de pronto-atendimento, queixando-se de cefaleia intensa, hemiparesia direita, desvio da comissura labial para a esquerda e afasia.


Em relação a esse caso, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • resposta certa letra A

  • Não entendi por que se preocupar com as vias aereas já que ela não sofreu trauma e está com sinais de AVE

  • Tbm ñ entendi essa resposta

  • O sinal mais comum de um Acidente Vascular Encefálico - AVE , o qual ocorre com maior frequência na fase adulta, é a fraqueza repentina ou dormência da face, braço e/ou perna, geralmente em um lado do corpo. Outros sinais frequentes incluem: confusão mental, alteração cognitiva, dificuldade para falar ou compreender, engolir, enxergar com um ou ambos os olhos e caminhar; distúrbios auditivos; tontura, perda de equilíbrio e/ou coordenação; dor de cabeça intensa, sem causa conhecida; diminuição ou perda de consciência. Uma lesão muito grave pode causar morte súbita.

    A abordagem inicial dos pacientes com Acidente Vascular Encefálico - AVE  agudo tem como objetivos a estabilização clínica inicial, incluindo a proteção de vias aéreas e os suportes ventilatório e hemodinâmico, seguida de avaliação neurológica, realização de método de imagem cerebral e determinação da indicação e possibilidade do tratamento fibrinolítico.

    A avaliação da glicemia deve ser realizada à internação e periodicamente. Deve-se evitar tanto a hipoglicemia como a hiperglicemia. Deve-se usar insulina para controle de glicemia superior a 140-185 mg/dl.

    O uso de escalas neurológicas é preconizado, pois permite retratar o déficit neurológico para avaliar dinamicamente a intensidade durante a evolução do AVE e a elegibilidade do paciente para o tratamento fibrinolítico e seu potencial de complicações. Ou seja, não é utilizada apenas na admissão.

    O tratamento fibrinolítico deve ser considerado para qualquer paciente com AVE isquêmico. Os pacientes elegíveis para trombólise intravenosa são os que apresentam início de sintomas há menos de 4,5 horas, déficits neurológicos moderados a graves e ausência de qualquer uma das contraindicações a esse tratamento.

    Gabarito do Professor:  Letra A


    Bibliografia

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de rotinas para atenção ao AVC / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especiali zada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013.

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com acidente vascular cerebral / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.

    Barros AC, Diniz AF, Brandão AHF, et al. Acidente vascular encefálico: relato de caso e revisão da abordagem inicial. Rev Med Minas Gerais.  19(4 Supl 3): S107-S110, 2009.


  • Gabarito: Letra A.

     

    Dirimindo a dúvida dos colegas.

    Espero ter ajudado.

     

     

    Os mecanismos fisiopatológicos para a oclusão do vaso podem envolver trombose local (por mudança na qualidade de fluxo ou na viscosidade sangüínea) ou embolia.

     

    Com a oclusão há perda da suplementação de oxigênio e de glicose com mudanças no metabolismo celular que resultam no colapso de produção de energia e desintegração das membranas celulares.

     

    Por isso a abordagem inicial do AVE agudo tem como objetivos a estabilização clínica inicial, incluindo a proteção de vias aéreas ( permitindo as trocas gasosas) e os suportes ventilatório e hemodinâmico pois tais fatores são  fundamentais para conter a cascata de eventos que leva, em última análise, à morte celular.