Na teoria de Vygotsky: a zona de desenvolvimento proximal tem limite, além do qual a criança não consegue realizar tarefa alguma, nem com ajuda ou supervisão de quem quer que seja. É a distância entre as práticas que uma criança já domina e as atividades nas quais ela ainda depende de ajuda.
Para Vygotsky, é no caminho entre esses dois pontos (práticas - atividades) que ela pode se desenvolver mentalmente por meio da interação e da troca de experiências.
Não basta, portanto, determinar o que um aluno já aprendeu para avaliar seu desempenho.
A ideia é que a aprendizagem deve priorizar o que o aluno pode aprender a fazer sozinho no futuro, com base no que já consegue fazer com ajuda no presente. O conceito busca, portanto, ir além do que o aluno já sabe ou aprendeu.
Mas também não adianta trabalhar com questões impossíveis ou inacessíveis, que os alunos não consigam resolver com ou sem ajuda.
É papel do professor determinar o que os alunos podem fazer sozinhos ou o que devem trabalhar em grupos, avaliar quais atividades precisam de acompanhamento e decidir quais exercícios ainda são inviáveis mesmo com assistência (por exigir saberes prévios que ainda não estão consolidados ou acessíveis).
Trecho de livro: "O nível de desenvolvimento real caracteriza o desenvolvimento mental retrospectivamente, enquanto a zona de desenvolvimento proximal caracteriza o desenvolvimento mental prospectivamente." Lev Vygotsky no livro A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores.
"Vygotsky afirma que o bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento, ou seja, que se dirige às funções psicológicas que estão em vias de se completarem." (Rego, 2001). Isso significa dizer que, na abordagem sociointeracionista, a qualidade do trabalho pedagógico está associada à capacidade de promoção de avanços no desenvolvimento do aluno com base naquilo que potencialmente ele poderá vir a saber.